Na corrida pela reeleição à Prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) delineou uma estratégia de confronto com seu principal concorrente, o deputado federal Guilherme Boulos (PSol). A equipe de pré-campanha definiu uma abordagem centrada nos problemas enfrentados pela gestão do PSol em Belém, no Pará, com o intuito de questionar a capacidade do partido de Boulos em administrar grandes cidades.
Belém, única capital conquistada pelo PSol até o momento, sob a gestão de Edmilson Rodrigues, enfrenta diversos problemas, conforme indicam dados do instituto Paraná Pesquisas. Com uma desaprovação superior a 70%, o prefeito Rodrigues é o segundo colocado nas simulações para as eleições de 2024, segundo a pesquisa.
A estratégia de Nunes é destacar as dificuldades enfrentadas pela administração do PSol em Belém, explorando-as na propaganda eleitoral em rádio e TV. A ideia é utilizar a insatisfação da população para questionar a capacidade do partido de Boulos em liderar grandes centros urbanos.
Alguns paralelos entre Boulos e Rodrigues, como a formação acadêmica e experiência como professor universitário, são apontados por aliados de Nunes como pontos de comparação. A gestão de Rodrigues, apesar de iniciar com um discurso de mudança, enfrentou desafios como a greve de médicos, que paralisou o funcionamento de Unidades de Pronto Atendimento (UPA) em Belém.
A estratégia de campanha, coordenada pelo deputado federal Baleia Rossi, presidente nacional do MDB, visa explorar a falta de experiência executiva de Boulos, destacando que seu primeiro mandato é como deputado federal a partir de 2023. A expectativa é criar uma associação entre a gestão do PSol em Belém e a candidatura de Boulos em São Paulo, utilizando a máxima “veja o que o PSol fez em Belém”.
