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Ponte de R$ 200 milhões entre Tocantins e Pará segue sem uso por falta de acessos

Estrutura sobre o rio Araguaia está 95% concluída, mas entrega depende de obras complementares e indenizações

A ponte sobre o rio Araguaia, que liga os municípios de Xambioá (TO) e São Geraldo do Araguaia (PA), permanece inutilizada por falta de acessos. A obra, avaliada em R$ 204,2 milhões, está 95% concluída, mas os trechos viários que permitirão a circulação de veículos ainda não foram construídos. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a previsão é que esses acessos sejam finalizados apenas no segundo semestre de 2025.

O investimento necessário para as obras de acesso é de aproximadamente R$ 28,6 milhões. No entanto, as intervenções ainda não começaram devido à necessidade de pagamento de indenizações aos proprietários dos terrenos afetados. O DNIT informou que audiências conciliatórias sobre as indenizações estão agendadas para fevereiro na Justiça Federal, o que impede o avanço das obras até a resolução dessas questões.

A ponte, com 1.724 metros de extensão, faz parte da BR-153 e deve beneficiar mais de 1,5 milhão de pessoas, além de facilitar o escoamento da produção agrícola do Matopiba, região que abrange Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Atualmente, a travessia do rio Araguaia é feita por balsas.

O projeto da ponte foi anunciado em 2017, no governo Michel Temer, com previsão inicial de entrega para 2021. No entanto, disputas judiciais atrasaram o início das obras, que só começaram em 2020. O orçamento também sofreu reajustes, passando dos R$ 132 milhões iniciais para os atuais R$ 232,8 milhões, incluindo a construção dos acessos.

Os trechos viários complementares terão 2.010 metros de extensão, sendo 310 metros no Pará e 1.700 metros no Tocantins. O projeto prevê uma plataforma de 12 metros de largura, acostamento e calçadas laterais de 1,50 metro. As vias também contarão com marginais para facilitar o fluxo de veículos.

Apesar do avanço na construção da ponte, o cronograma depende da resolução das pendências judiciais para que a obra possa, enfim, ser entregue à população.

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