Belém (PA) – Na noite de sábado, 7, três policiais militares foram presos em flagrante, após efetuarem vários disparos de arma de fogo contra a sede do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), localizado na avenida João Paulo II, no bairro do Curió Utinga, em Belém.
Segundo informações, os policiais estariam de folga, armados, e dirigindo um carro particular modelo Tucson, sob efeito bebida alcoólica, quando pararam na frente do BPA e atiraram contra o Batalhão. Por sorte, ninguém ficou ferido durante a ação.
Após isso, eles empreenderam fuga, mas, viaturas da Polícia Militar, que estavam ao longa da avenida Almirante Barroso, na fiscalização do roque de recolher, foram acionadas e iniciaram a perseguição, conseguindo parar o veículo e prender os agentes. Com o trio, os oficiais apreenderam armas e o veículo utilizado na ação.
Como mataram um policial há pouco, a Polícia Militar do Pará entendeu que o quartel estava sob ataque e sob risco de invasão. De imediato o CIOP fez o alerta de atentado e mobilizou todas as viaturas. Houve grande tensão em toda a Corporação. Nos grupos de WhatsApp da PM ficou o maior alvoroço. Achavam que estavam sendo novamente caçados pelo crime organizado, como já aconteceu.
Embriagados – Felizmente os militares que fizeram a abordagem foram extremamente profissionais, evitando um confronto à bala. Os ocupantes dos veículos são três policiais militares do 8º BPM à paisana e um civil, todos embriagados, que atiraram para o alto na passagem em frente ao BPA.
De acordo com informações, eles devem responder pelo crime de Organização para a Prática de Violência que consta no art.150 do Código Penal Militar (CPM/1969) que prevê pena de quatro a oito anos de reclusão por reunirem-se com armamento ou material bélico, de propriedade militar, praticando violência à pessoa ou à coisa pública ou particular em lugar sujeito ou não à administração militar.
O promotor de justiça militar Armando Brasil Teixeira vai requisitar a prisão e expulsão dos envolvidos, e também exames de sanidade mental. Fazer isso em plena situação de emergência por pandemia e em vigência de toque de recolher sugere necessidade de investigação profunda quanto à saúde mental dos policiais.
Fonte: Roma News