Na última quarta-feira, 24, a Polícia Civil realizou uma importante operação em Belém, no Pará, resultando na prisão de uma quadrilha suspeita de movimentar aproximadamente R$ 40 milhões com o golpe do falso consórcio. Segundo as investigações, o grupo atuava em diversos estados do Brasil, enganando suas vítimas por meio de uma administradora de consórcio ilegal, sem autorização do Banco Central e sem cumprir as exigências previstas na Lei do Consórcio.
De acordo com as informações apuradas, os golpistas ofereciam veículos e imóveis a preços muito abaixo do valor de mercado, atraindo pessoas em busca de oportunidades vantajosas. A quadrilha exigia um valor de entrada das vítimas, prometendo entregar o bem após três ou quatro dias. Contudo, após assinarem os contratos, os criminosos inventavam diversas desculpas para não cumprir o combinado, frustrando as expectativas das vítimas e causando prejuízos financeiros significativos.
O delegado David Bahury, responsável pelas investigações, destacou que os estelionatários utilizavam diferentes nomes e empresas fictícias para dificultar sua identificação pelas autoridades e pelas vítimas. A associação criminosa era conhecida como “Master de Consórcio” e, na região de Belém, a empresa utilizada para cometer os crimes já se chamou “Império Consórcio”, “Lima Consórcios”, “Pará Consórcios”, “Nortecon”, “Grupo Prime” e “Belém Empresarial”. Essa constante mudança de nomes tinha o objetivo de evitar serem encontrados pelas vítimas e pelas autoridades enquanto continuavam aplicando seus golpes.
O delegado Bahury ressaltou que o suposto consórcio oferecido pelos golpistas era completamente falso, uma encenação para obter lucro financeiro. Mesmo que as vítimas pagassem integralmente o valor proposto pelo bem, elas nunca o receberiam, uma vez que a empresa não existia oficialmente. Essa descoberta revela o caráter fraudulento e enganoso das atividades praticadas pela quadrilha.
Durante a operação, a polícia apreendeu dois veículos, incluindo um Range Rover Evoque, além de documentos, celulares, notebooks e outros itens que auxiliarão nas investigações. As autoridades continuam trabalhando para identificar outros grupos criminosos que atuam de maneira semelhante, visando combater efetivamente esse tipo de golpe.