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Polícia Federal identifica nova rota de tráfico internacional no Aeroporto de Belém

Esta semana, um canadense foi preso tentando enviar cocaína para Suíça, o que chama atenção dos investigadores

A Polícia Federal (PF) identificou uma nova rota de tráfico internacional de drogas passando pelo Aeroporto Internacional de Belém, evidenciando um aumento no uso da capital paraense como ponto de partida para o transporte de entorpecentes rumo à Europa. Desde a criação de um núcleo aeroportuário em outubro de 2022, a Delegacia de Imigração (Delemig) da PF no Pará já apreendeu cerca de 500 kg de drogas.

As investigações apontam para uma mudança no perfil dos traficantes. Inicialmente, os criminosos aliciavam pessoas com passaportes de países menos desenvolvidos, atraídas pela promessa de lucro fácil. Agora, porém, há um crescimento no envolvimento de cidadãos de nações desenvolvidas, com trânsito internacional facilitado, conforme destacou o delegado Bruno Mota, responsável pelo caso.

Nesta semana, a PF prendeu um canadense em flagrante no Aeroporto de Belém com 4 kg de cocaína escondidos em um fundo falso de sua mala. Ele tinha como destino final a cidade de Genebra, na Suíça. Esse é o primeiro cidadão canadense detido por tráfico internacional de drogas no aeroporto paraense, um sinal claro da evolução no perfil dos envolvidos nesse tipo de crime.

“Os criminosos utilizam diversos métodos para tentar despistar as autoridades: desde esconder drogas em calçados e malas até engolir o entorpecente ou amarrá-lo ao corpo. Por ser altamente lucrativo, especialmente no caso da cocaína, eles não medem esforços para burlar a segurança”, afirmou o delegado Bruno Mota.

Com a nova rota identificada e a mudança no perfil dos traficantes, a Polícia Federal intensificará a fiscalização de passageiros com passaportes de países desenvolvidos e conexões internacionais no Aeroporto de Belém. A expectativa é que o fluxo de estrangeiros utilizando o terminal como ponto estratégico para o tráfico de drogas com destino à Europa seja alvo de vigilância reforçada.

O canadense preso em flagrante foi levado ao sistema prisional do Pará e poderá responder por tráfico transnacional de drogas, crime que prevê penas severas no Brasil. A PF segue investigando o esquema e outras possíveis ramificações dessa nova rota de tráfico internacional.

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