A Polícia Federal (PF) concluiu as investigações sobre o vazamento da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2023, identificando o responsável pelo incidente. De acordo com a PF, uma pessoa contratada para aplicar a prova em Belém, tirou uma foto da página contendo o tema da redação antes do término do exame e a encaminhou para uma amiga professora.
Em nota oficial, a PF destacou que a divulgação indevida de conteúdo sigiloso de um processo seletivo para ingresso no ensino superior pode resultar em pena de prisão de um a quatro anos, além de multa.
A investigação teve início no dia seguinte à aplicação do Enem em 2023, na cidade de Caruaru, Pernambuco, quando foram descobertas as primeiras publicações da prova na internet, ocorridas antes da divulgação oficial pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). A PF identificou que a foto da prova de redação foi tirada às 13h50 e enviada para uma professora.
A imagem vazada, que foi amplamente compartilhada online, mostra a página 19 do caderno de provas tipo 3, branco, revelando que o tema da redação de 2023 foi: “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”, além das instruções para os candidatos.
No dia seguinte à realização da prova, o ministro da Educação, Camilo Santana, descartou a possibilidade de cancelar a primeira fase do Enem. Segundo Santana, as imagens começaram a circular após o fechamento dos portões, não causando impacto na realização do exame.
