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Placa de obras instalada na Júlio César diz BRT e não BRS como afirma a prefeitura de Belém

A implantação do sistema de transporte na Avenida Júlio César se tornou alvo de controvérsia após a divulgação de uma placa de obras indicando o projeto como BRT (Bus Rapid Transit), enquanto a Prefeitura de Belém insiste que se trata de um sistema BRS (Bus Rapid System). Essa “confusão de nomenclaturas” gerou mais desconfiança entre os cidadãos, já céticos quanto à eficácia dos projetos de transporte na cidade. A denúncia foi feita pela página ArchiUrbe.

O edital e a placa do projeto especificam a implantação de um sistema BRT, porém, a prefeitura emitiu uma nota retificando para BRS após o anúncio oficial. Essa mudança abrupta e contraditória não apenas surpreendeu, mas também aumentou a incerteza e a desconfiança da população em relação à gestão municipal.

A implementação do BRT em Belém, marcada por inúmeros problemas nos projetos e na execução, tem sido uma grande decepção para os usuários de transporte público. Prometendo ser uma solução eficiente, o BRT nunca alcançou seu pleno funcionamento. Atualmente, Belém conta com cerca de 10 veículos articulados no sistema BRT, que têm intervalos de espera de aproximadamente 30 minutos e frequentemente operam com superlotação.

Embora muitos considerem o sistema BRT ultrapassado, ele ainda é amplamente utilizado em mais de 200 cidades ao redor do mundo, incluindo metrópoles como Cidade do México, Bogotá, Joanesburgo, Istambul e Buenos Aires. Até mesmo cidades dos Estados Unidos e da China, como Pittsburgh, Cleveland, Las Vegas, Los Angeles, Chicago e Pequim, adotaram o BRT como uma alternativa eficiente e econômica para o transporte urbano em massa.

Em Belém, os corredores das avenidas Augusto Montenegro e Almirante Barroso, implementados em tentativas anteriores de melhorar o transporte público, ainda causam traumas na população, que continua esperando por um sistema de transporte digno e eficiente. O recente “equívoco” no anúncio de um novo projeto apenas agrava essa desconfiança, deixando a população cética sobre as promessas de melhoria.

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