A Polícia Federal desencadeou uma operação nesta quinta-feira (8) visando militares e ex-ministros do governo de Jair Bolsonaro, sob a suspeita de participação em uma tentativa de golpe de Estado. Entre os alvos de buscas estão figuras proeminentes como o General Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, o General Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e outros nomes de destaque na política brasileira.
Segundo informações, a investigação busca elucidar a participação dessas pessoas nos eventos ocorridos em 8 de janeiro, quando uma multidão de manifestantes invadiu e vandalizou as sedes dos Três Poderes em Brasília. A polícia aponta que os investigados teriam se unido para disseminar notícias falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro, visando criar condições para uma intervenção militar que mantivesse Bolsonaro no poder.
A investigação identificou dois eixos de atuação: o primeiro voltado para a disseminação de desinformação sobre uma suposta fraude nas urnas eletrônicas, mesmo após o resultado eleitoral, e o segundo centrado em atos que visavam minar o Estado Democrático de Direito, com apoio de militares ligados a táticas e forças especiais.
A operação, intitulada “Tempus Veritatis” – “hora da verdade”, em latim – resultou em prisões, buscas e outras medidas cautelares, abrangendo diversos estados brasileiros. Além disso, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou ordens restritivas, como a proibição de contato entre os investigados, retenção de passaportes e suspensão de cargos públicos.
