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Pessoas que vivem com HIV em Belém enfrentam precarização de serviço de saúde

A cidade de Belém, a terceira capital brasileira com o maior número de pessoas vivendo com HIV, vive crise no que diz respeito à prestação de serviços de saúde adequados para essa população. Cerca de 14 mil pessoas cadastradas na Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) dependem diretamente do Casa Dia, um local que tem acumulado reclamações devido a problemas como a falta de acesso a consultas médicas e outros serviços essenciais.

O Casa Dia é responsável pelo atendimento de pacientes diagnosticados na rede municipal de saúde e encaminhados pelo Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) Belém. Entretanto, usuários relatam dificuldades como longas filas, demora para conseguir um médico, e obstáculos relacionados ao deslocamento até o local, que não é de fácil acesso na cidade.

Recentemente, o Casa Dia foi alvo de furtos em sequência, agravando ainda mais as condições já precárias do local. Diante dessa situação, movimentos sociais se uniram para protestar e exigir melhorias no espaço, reforço na segurança e manutenção dos serviços.

Amélia Garcia, ativista e coordenadora do Fórum Paraense de ONGs Aids, enfatizou que os mais afetados pela precarização dos serviços são negros, pobres e quilombolas, que constituem a maioria da população vivendo com HIV na região. Essas comunidades, predominantemente localizadas nos bairros periféricos, dependem fortemente dos serviços do Casa Dia.

Em nota, a gestão municipal se comprometeu a reforçar a segurança no Casa Dia, contratando uma empresa de segurança e tomando medidas para repor equipamentos após os furtos recentes. No entanto, a situação permanece crítica, com os serviços médicos temporariamente suspensos e a população enfrentando obstáculos para garantir um tratamento adequado.

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