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Pela primeira vez, Bolsa de Valores abre pregão fora de São Paulo e Belém é escolhida

Cerimônia simbólica marcou o compromisso do mercado financeiro com a economia de baixo carbono e destacou o papel da Amazônia nas finanças sustentáveis.

Pela primeira vez em sua história, a Bolsa de Valores do Brasil (B3) realizou a abertura simbólica do pregão fora de São Paulo. O toque da tradicional campainha aconteceu nesta quinta-feira (13), em Belém, durante a World Climate Summit & Investment COP, evento paralelo à COP-30, que reúne lideranças globais em torno da agenda climática e de investimentos sustentáveis.

A cerimônia, que contou com a presença de representantes da B3, de bolsas internacionais, da SBCOP e da World Climate Foundation, simbolizou o compromisso do mercado financeiro com a transição para uma economia de baixo carbono.

“Queremos chamar a atenção para que essa seja realmente uma COP de implementação”, afirmou Ana Buchaim, vice-presidente da B3, em entrevista à CNN.

O evento reforçou a importância do mercado de capitais no financiamento de soluções climáticas e na promoção de práticas empresariais sustentáveis, essenciais para o cumprimento das metas globais de descarbonização.

Segundo Buchaim, a B3 vem ampliando sua atuação para além da negociação de ações, desenvolvendo produtos e ferramentas que medem o impacto ambiental e social das empresas listadas. A realização do pregão simbólico em Belém, segundo ela, tem também um caráter simbólico e estratégico.

“Estar aqui é mostrar todo o potencial que temos — o potencial do Brasil e da Amazônia para investidores locais e estrangeiros. É também uma forma de dizer que a B3 serve o país inteiro. São Paulo é o centro financeiro, mas o Brasil é muito maior, e precisamos olhar para ele de forma integrada”, destacou.

A executiva reforçou ainda que a responsabilidade pela transição climática deve ser compartilhada entre governos, empresas, consumidores e investidores.

“A mudança climática é real, causada por todos nós e difícil de reverter, mas tem solução. Ela começa com cada um e é uma responsabilidade irrevogável”, concluiu Buchaim.

A iniciativa foi vista como um marco para o mercado financeiro brasileiro, que começa a associar de forma mais direta a sustentabilidade ambiental à estratégia econômica, com a Amazônia no centro das discussões globais sobre o futuro do planeta.

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