Ao que parece, o tão sonhado derrocamento do Pedral do Lourenço no rio Tocantins, que potencializará o transporte de cargas pela hidrovia Araguaia-Tocantins, pode demorar ainda mais com o novo governo Lula. Ou mesmo nem sair do papel.
A obra prevê a explosão de rochas (derrocamento, segundo os técnicos) que se espalham por um trecho de quase 40 km de extensão. Foi autorizada pelo Ibama em outubro, forma de liberar a navegação até Vila do Conde (PA), importante ponto de conexão com portos, ferrovias e rodovias. Hoje, o rio não é navegável naquele trecho.
Sem isso, não será possível implementar a hidrovia Araguaia-Tocantins, que, quando ficar pronta, permitirá o escoamento de 20 a 60 milhões de toneladas de carga por ano.
No entanto, a Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) tomou um susto com um pedido de requerimento do senador Paulo Rocha (PT-PA) para avaliar os riscos do projeto da hidrovia Araguaia-Tocantins, que o Ministério de Infraestrutura pretende conceder para a iniciativa privada.
O requerimento estava parado desde 2019, mas foi reativado com a eleição de Lula, segundo técnicos da agência.



