DENÚNCIA

Paulo Rocha e Zequinha Marinho votaram contra o veto de Bolsonaro que impedia reajuste dos servidores públicos na pandemia

Os senadores paraenses Paulo Rocha (PT) e Zequinha Marinho (PSC) votaram pela derrubada do veto do presidente Jair Bolsonaro que congelava salários dos servidores públicos até 2021. O senador Jader Barbalho (MDB) foi o único que votou a favor da manutenção do veto.

Com a derrubada do veto, o governo federal estima aumento de gastos de R$130 bilhões com aumento de salarial de servidor em tempos de pandemia.

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, chamou a decisão do senado de “crime contra o país.

“Pegar o dinheiro da saúde e permitir que se transforme em aumento de salário do funcionalismo é um crime contra o país”, esbravejou Guedes, em entrevista aos jornalistas em Brasília.

O governo havia negociado com o congresso um pacote de socorro financeiro de R$ 120 bilhões a estados e municípios. Os valores, no entanto, deveriam ser usados para o combate à pandemia — por isso, em contrapartida, o governo federal pediu para que salários de servidores públicos não fossem reajustados até o fim do próximo ano.

“Estamos todos embaixo do mesmo teto. Entre nós, sabemos que estamos no mesmo teto. Sabemos também que, para que as taxas de juros fiquem baixas e para que a construção civil possa continuar crescendo, para que possamos acelerar programa de construção civil, precisamos desse controle de gastos. Nesse sentido, houve um sinal muito ruim hoje”, afirmou.

“O Senado derrubou o veto do presidente. Nós colocamos muitos recursos na crise da saúde, e hoje o Senado deu um sinal muito ruim, permitindo que os recursos que foram para a crise da saúde possam se transformar em aumento de salário. Isso tem efeito sobre a taxa de juros”, acrescentou o ministro, que admitiu “torcer para a Câmara conseguir segurar a situação”.

“O Senado é a casa da República, onde os representantes têm que defender a República. No momento em que todos estamos sob o mesmo teto, dando sinal de disciplina fiscal, economia retomando o crescimento, construção civil indo bem, o Senado dá um sinal desses. Não pode um desentendimento político estar acima da saúde do Brasil, na hora em que o Brasil começa a se recuperar”, encerrou.

O veto ainda será analisado pela Câmara dos Deputados.

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