O pastor Fabiano Oliveira foi preso na madrugada desta segunda-feira, 19, em frente ao 38º Batalhão de Infantaria do Exército, na Prainha, em Vila Velha, pela Polícia Federal (PF). A informação foi confirmada pelo superintendente da PF no Espírito Santo, Eugênio Ricas.
“Ele foi preso pela Polícia Federal, sem resistência, encaminhado ao DML (Departamento Médico Legal) e entregue ao sistema prisional”, informou Ricas. Por telefone, o superintendente explicou que a prisão ocorreu na madrugada desta segunda-feira.
Às 9h38, a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) informou que Fabiano Oliveira deu entrada no Centro de Detenção Provisória de Viana II.
Com a prisão do pastor Fabiano, apontado como líder do grupo Soberanos da Pátria, apenas o radialista e suplente de deputado estadual Maxcione Pitangui (PTB) está foragido, segundo Eugênio Ricas.
Prisão – A prisão preventiva de Fabiano Oliveira foi decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, por integrar milícias digitais e movimentos antidemocráticos no Espírito Santo. Mesmo publicando vídeos nas redes sociais mostrando o local exato onde estava – em frente ao 38º Batalhão de Infantaria do Exército, na Prainha, em Vila Velha -, o pastor ainda não havia sido detido.
O delegado Eugênio Ricas alegou, no sábado, dia 17, que o mandado ainda não tinha sido cumprido porque não havia segurança para a ação em meio à multidão que se concentrava na frente do quartel.
“Nós estivemos lá, o advogado dele chegou a falar que ele ia se entregar, mas ele mudou de ideia na última hora. No meio da multidão não há segurança para efetuar a prisão (colocaria em risco ele, os policiais e os manifestantes). O STF foi informado dessa situação e nós estamos monitorando para o cumprimento no momento adequado”, informou.
O delegado também havia afirmado que o Ministério Público foi notificado a todo tempo sobre a situação e poderia acionar a Polícia Militar caso achasse conveniente. “Como somos polícia judiciária, não temos efetivo, nem equipamentos menos letais para atuar imediatamente numa situação como essa, sem gerar riscos para todos os envolvidos. Os mandados devem, e serão cumpridos, estamos planejando e avaliando o melhor momento para que inocentes não tenham sua integridade física ameaçada”, finalizou Ricas.
Investigações – As investigações do Ministério Público do Espírito Santo (MPES) apontam o pastor Fabiano como uma das lideranças dos “movimentos criminosos e antidemocráticos que atacam o sistema eleitoral”.
Nas redes sociais, ele se identifica como líder de dois grupos de extrema-direita, o B22 e o Soberanos da Pátria. Além de participar de atos antidemocráticos, o MPES afirma ainda que o pastor faz ataques ao Supremo em postagens no Twitter.
Uma conta pessoal e outra do grupo Soberanos da Pátria aparecem agora como suspensas na plataforma. Max Pitangui, que foi candidato a deputado estadual pelo PTB em 2022, mas não se elegeu, também é apontado como liderança dos movimentos antidemocráticos no Espírito Santo.
Fonte: A Gazeta (ES)