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Pará tem 1,3 milhão de endereços sem número

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (14) a versão completa do Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE). A publicação traz microdados detalhados dos 106.814.877 endereços registrados no Brasil, revelando características como nome do logradouro, número, complemento, localidade, CEP, tipo de edificação, e outros atributos importantes para fins estatísticos.

O CNEFE identificou que, durante a coleta do Censo 2022, o Brasil contava com 3,5 milhões de edificações em construção ou reforma, sendo 605,2 mil delas localizadas no estado de São Paulo, o maior número entre as unidades da federação. Essas construções foram categorizadas para uso residencial, não residencial, misto ou indeterminado.

A pesquisa começou com uma lista preliminar de 89.327.652 endereços, dos quais 81,5% foram confirmados e 18,5% foram excluídos durante a coleta. Além disso, 33.992.241 novos endereços foram adicionados ao CNEFE, destacando a importância do trabalho dos 120 mil recenseadores.

O levantamento revelou que o Brasil tem 24,4 milhões de endereços sem número, representando 22,8% do total. O estado de Goiás lidera com 2,46 milhões de endereços sem número. O Pará, por sua vez, ocupa a sétima posição, com 1.370.761 endereços sem número, evidenciando um desafio significativo na formalização e regularização dos endereços no estado.

Endereços por Tipo de Logradouro: O país possui 72,4 milhões de endereços situados em ruas, 10,7 milhões em avenidas e 7,1 milhões em estradas. Outros tipos de logradouros comuns incluem travessas, sítios, alamedas e fazendas.

Endereços sem Nome: Há 2,7 milhões de endereços localizados em logradouros sem nome, com a Bahia apresentando a maior quantidade (314,5 mil).

Endereços por Modificadores de Nome: Existem 171,7 mil endereços em logradouros com a palavra “Brasil”, 2,3 milhões com “São”, 1,7 milhão com “Doutor”, 1,0 milhão com “Santa” e 483,5 mil com “Presidente” em suas denominações.

Eduardo Baptista, gerente do CNEFE, ressaltou a importância dos endereços como indicadores de cidadania. “O cidadão que vive em um endereço sem número ou em uma rua ou avenida sem denominação está sofrendo algum tipo de déficit na sua cidadania, pela não formalização daquele endereço ou logradouro pelo poder público municipal”, afirmou.

A falta de endereços formalizados pode dificultar o acesso a serviços públicos essenciais, como saúde e educação, além de comprometer a eficiência das entregas e serviços comerciais. Portanto, a regularização dos endereços é crucial para a inclusão social e o desenvolvimento urbano.

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