Pará perde quase 10 mil empregos com carteira assinada nos 5 meses iniciais de 2020

O mercado formal de trabalho do Pará sofreu um baque nos primeiros cinco meses deste ano. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados (CAGED) divulgado na tarde desta segunda-feira, 29, 9.446 paraenses perderam seus empregos com carteira assinada até maio, queda de 1,28% no estoque.
É o segundo maior contingente de perda de emprego da região Norte do Brasil, atrás somente do Amazonas.

O estado começou o ano de 2020 bem, com janeiro (+835) e fevereiro ( +4.152) com saldo positivo. No entanto, a partir de março, quando começaram as medidas restritivas em função da pandemia, os dados negativos começaram a aparecer. O pior mês para geração de emprego no Pará foi em abril, quando -9.876 paraenses foram demitidos.

De acordo com a Pnad Covid-19, levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), realizada com apoio do Ministério da Saúde, para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho, em maio a pandemia do novo coronavírus deixou 549 mil paraenses sem salário. São trabalhadores que perderam renda, seja porque tiveram o contrato suspenso ou porque não puderam manter suas atividades informais, diante das medidas de isolamento social impostas pela covid-19.
De acordo com a pesquisa, o Pará tem, atualmente, 2,98 milhões de trabalhadores, porém um milhão estavam afastados das atividades profissionais em maio, em grande parte por conta da pandemia. E mais da metade desses um milhão (54,7%) foi afastada sem nenhuma contrapartida financeira, o que os levou a ficar sem remuneração no mês passado. “Nós já sabíamos que havia uma parcela da população afastada do trabalho e, agora, a gente sabe que mais da metade dela está sem rendimento”, comentou o diretor adjunto de pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo.



