DENÚNCIANOTÍCIASParáREGIONAL

Pará é o segundo estado mais ineficiente do país; 10 das 20 prefeituras com pior eficiência em serviços públicos são paraenses

Metade das 20 piores cidades do Brasil em eficiência administrativa estão localizadas no Pará, com destaque negativo para a Ilha do Marajó

Um levantamento divulgado pela Folha de São Paulo nesta terça-feira (3) revela que o estado do Pará ocupa a segunda pior posição no Ranking de Eficiência dos Municípios (REM-F), superando apenas o Amazonas. O ranking avalia a capacidade de gestão dos municípios e dos estados em áreas essenciais, como saúde, educação e saneamento, comparando a receita per capita com os serviços prestados. Dez das 20 cidades com menor desempenho estão no Pará, sendo que oito delas estão localizadas na Ilha do Marajó.

Cidades paraenses dominam últimas colocações do ranking de eficiência na prestação de serviços públicos. Foto: Reprodução/Folha de São Paulo

Entre as piores, Bagre, no arquipélago do Marajó, aparece em último lugar no ranking nacional. A cidade, que enfrenta graves problemas de gestão pública, tem o prefeito Cleberson Rodrigues, conhecido como Clebinho, condenado por improbidade administrativa e envolvido em casos de fraude em licitações. Bagre reflete o cenário enfrentado por outras cidades da região, como Muaná, Cachoeira do Arari, Afuá e Portel, que também figuram entre as piores do país.

Governado por Helder Barbalho, Pará tem a segunda pior eficiência entre todos os estados brasileiros. Foto: Folha de São Paulo

A capital do estado, Belém, não escapa das críticas. Entre as capitais brasileiras, Belém aparece em penúltimo lugar, à frente apenas de Maceió (AL) e Macapá (AP). Essa colocação revela desafios estruturais na administração pública paraense, com uma ineficiência que se reflete tanto nas grandes cidades quanto nas regiões mais isoladas.

Belém está na terceira pior colocação. Macapá é a pior, enquanto BH a melhor colocada entre as capitais. Foto: Folha de São Paulo

Enquanto isso, cidades como Botucatu (SP), que lidera o ranking, mostram uma gestão voltada para resultados, com a criação de novas unidades de saúde e investimentos em infraestrutura hospitalar. O contraste expõe as dificuldades de desenvolvimento em estados da Região Norte, especialmente em áreas com acesso limitado a serviços básicos, como o Marajó, onde a pobreza e a exclusão social são desafios diários para a população.

Etiquetas

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fechar