O IBGE está divulgando hoje o terceiro balanço da coleta do Censo Demográfico 2022. Desde o início da operação, em 1º de agosto, até o dia 31 de outubro, foram recenseadas 136.022.192 pessoas, em 47.740.071 domicílios no país. No Pará, neste mesmo período, foram recenseadas 5.344.491 pessoas, o que representa até o momento, 3,93% da população recenseada no país.
“Fizemos a prorrogação da operação e, até o momento, o cronograma segue mantido”, declarou o gerente técnico do Censo, Luciano Duarte. No hotsite do Censo 2022 é possível acompanhar diariamente o total da população recenseada no país e a evolução dos setores trabalhados por unidades da federação.
O estado mais adiantado, ou seja, com maior proporção de pessoas recenseadas em relação à população estimada, é o Piauí (86,08%), seguido por Sergipe (83,19%) e Rio Grande do Norte (80,48%). Os menos adiantados são Mato Grosso (42,72%), Amapá (51,47%) e Acre (54,07%).

IBGE poderá entrar com ordem de acesso aos condomínios
Cerca de 2,33% dos domicílios se recusaram a responder, percentual que se espera ser reduzido até o final da operação, após aplicados todos os protocolos de insistência.
Alguns locais estão apresentando uma alta taxa de recusa, como São Paulo, por exemplo, que está em 4,03%. Segundo Duarte, isso tem sido observado principalmente nos condomínios.
“Quando o síndico se recusar expressamente a dar acesso ao recenseador, o IBGE irá entrar com uma ordem de acesso ao condomínio. Se não for cumprida, a Unidade Estadual chamará a polícia para garantir o acesso”, informou. “Seguimos com o trabalho de sensibilização, mas é uma atitude que, se necessário, iremos tomar para garantir o cumprimento da lei”.
Em relação ao tipo de questionário, 88,4% dos domicílios (42.595.922) responderam ao questionário básico e 11,6% (5.560.298) ao ampliado, percentual consistente com a amostra definida pelo Instituto. O tempo mediano de preenchimento tem sido de 5 minutos para o questionário básico e de 15 minutos para o questionário ampliado.
A maior parte dos questionários (99,4%) foi respondida de forma presencial, sendo que 124.241 domicílios optaram por responder pela internet e 144.203 pelo telefone.
Medida provisória ampliará possibilidade de contratações
O Instituto está enfrentando dificuldades relativas à falta de pessoal para atuar como recenseador em determinados locais. Em todo o país, o IBGE conta com 90.552 recenseadores em ação, 49,5% do total de vagas disponíveis.
O estado com maior déficit de recenseadores é o Mato Grosso, com 37,1% do número de vagas. Já o Piauí está com 64% dos postos ocupados.

Segundo Duarte, além da melhoria na remuneração, já implementada, o IBGE entrou com um pedido de medida provisória para flexibilizar as contratações. Com isso, microempreendedores individuais, aposentados do serviço público, professores da rede pública, ex-agentes de pesquisa e mapeamento do IBGE etc, que antes eram vedados, poderão atuar como recenseadores.
“Essas medidas não têm efeito imediato, demoram um pouco para surtirem efeito na rede de coleta, mas já estamos avançando na contratação e treinamento em alguns locais”, declarou.



