Não é preciso ter diploma de analista político para entender que a imprensa mainstream brasileira tende a manter um afago para o ex-presidente Lula.
E isso se torna bem evidente ao se compara o tom usado pela imprensa quando os dois principais candidatos, Lula e Bolsonaro, fazem declarações polêmicas em relações às mulheres, por exemplo.
Se um lado é tratado com termos como “machista”, misógino”, “sexista” e “patriarcal”, o outro é tratado apenas como uma “gafe”, mesmo que esses erros venham se repetindo a vários discursos, quando, realmente, o candidato pode falar o que pensa, fora do roteiro dos marqueteiros.
Nesta semana, por exemplo, aqui mesmo em Belém, o ex-presidente Lula afirmou que que trabalho doméstico é “serviço da mulher”.
“A gente quer que a nossa mulher seja respeitada. A gente quer que o nosso companheiro homem, quando a sua companheira trabalha, ele tenha dignidade de ir para a cozinha ajudar no serviço da mulher, que assim ele vai ser parceiro”, afirmou o ex-presidente.
Uma rápida busca pela internet, pegando os títulos de matérias dos principais jornais do país, tal declaração de Lula, bem como as outras, foram reduzidas a uma simples “gafe”.
O meme do Pica-Pau nunca fez tanto sentido.