Para 68,2% dos paraenses, governo do Pará é culpado por comprar respiradores quebrados, diz pesquisa

O instituto de pesquisa Doxa publicou sua quarta pesquisa de opinião sobre o coronavírus no estado do Pará. Nesta nova pesquisa, foi analisado o nível de concordância dos paraenses em relação ao lockdown e suas consequências; além do posicionamento do presidente e governador sobre o isolamento social.
A pesquisa foi realizada nas regiões Metropolitana, Nordeste, Sudeste, Sudoeste, Baixo Amazonas e Marajó entre os dias 17 e 19 de maio. Foram entrevistadas 4.337 pessoas através do facebook e WhatsApp.
Em relação ao apoio ao lockdown, o estado do Pará está quase dividido, no entanto 51% tendem a não concordar com a medida do governo, enquanto 49% concordam.
A região sudeste do Pará é onde o lockdown tem menos apoio. 65,2% não concordam; Já o Marajó tem o maior índice de concordância: 88,5% apoiam. Na região metropolitana de Belém 51,8% não apoiam o lockdown e 48,9% apoiam.
Quando se analisa as consequências do lockdown, positivas ou negativas – 53,8% dos entrevistados acreditam que serão negativas. Apenas 31,3% analisam como positivas.
Houve uma mudança de percepção em relação a quem estava com razão: o presidente Jair Bolsonaro ou os governadores/prefeitos.
Na pesquisa realizada no dia 29 de março, 36,8% concordavam com a posição de Bolsonaro em relação à pandemia. Na pesquisa do dia 19 de maio esse índice subiu para 58,8%. Já o nível de concordância com os prefeitos/governadores caiu de 57,8% para 34,4%.
A pesquisa mostra que 54,6% avaliam como positiva a atuação do governo federal no combate ao coronavírus; enquanto 30,8% avaliam como negativa. A avaliação Regular soma 13,7%.
Em relação ao governo Helder Barbalho no trabalho de combate ao vírus, 54,8% avaliam negativamente; enquanto 27,2% avaliam positivamente. A avaliação regular soma 17,8%.

Com relação à polêmica compra dos respiradores que não funcionavam e, portanto, não puderam servir aos pacientes com a forma mais grave da Covid-19, 68,2% dos paraenses afirmam que a responsabilidade por esse episódio fatídico é do governo do Pará. 20,4% dizem que é da empresa que vendeu; 6,4% afirmam que a responsabilidade é do secretário de saúde. E 1,5% do Governo Chinês.

Além disso, 68% dos paraenses acreditam que houve ilegalidade na compra dos respiradores 21,4% dizem que “talvez” tenha havido ilegalidade. Apenas 5,3% disseram que não houve ilegalidade.




