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Pai e filha vítimas do naufrágio avisaram família que lancha estava afundando: ‘não quero me desesperar, mas não estou conseguindo’

Ananda Luiza Barreto da Silva, de 18 anos, e o pai, José Luís Rodrigues da Silva, de 63 anos, avisaram a família que a lancha clandestina Dona Lourdes II estava afundando, após um problema na embarcação.

Nas mensagens trocadas com a família, a universitária relata que estava com medo e que estava ventando muito:

Ananda mora em Belém, onde faz o curso de engenharia florestal e tinha passado o feriado de 7 de Setembro em Salvaterra, no Marajó, onde vive a família.

Ao retornar para a capital, o pai viajava com ela para fazer uma consulta com cardiologista na capital. Eles tiveram que ir até Cachoeira do Arari, distante aproximadamente 69,8 km de Salvaterra, para conseguir viajar.

PAI E FILHA FORAM ENCONTRADOS MORTOS

As mortes da jovem e do pai que estavam juntos no barco que naufragou em Belém foram confirmadas no início da noite deste sábado (10). Até o fim da manhã eles estavam, desaparecidos, no entanto, mais tarde, eles foram identificados entre as vítimas.

O corpo de Ananda Luiza Barreto da Silva, de 18 anos, foi localizada na manhã deste sábado e identificado à tarde. O pai dela, José Luís Rodrigues da Silva, de 63 anos, também foi identificado neste sábado. 

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup), 20 mortes foram confirmadas e 65 pessoas sobreviveram. As buscas a desaparecidos seguem em andamento no domingo (11).

Ainda conforme a Segup, como o barco era clandestino, não há lista oficial de passageiros, mas as buscas seguem para localizar pessoas apontadas como desaparecidas por familiares.

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