O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem sido alvo de críticas após a revelação de que ele gastou R$ 12,1 milhões em despesas com o cartão corporativo do governo federal nos primeiros quatro meses de seu mandato. Os dados foram divulgados pelo portal “Crusoé”, com base em informações obtidas do Portal da Transparência.
Embora a modalidade do cartão corporativo seja utilizada para pagamentos de despesas governamentais quando justificadas por despacho fundamentado, a ostentação dos gastos chamou a atenção, especialmente considerando as críticas que Lula e seus aliados fizeram ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em relação ao uso desse recurso.
No entanto, de acordo com a reportagem da “Crusoé”, o governo do petista reduziu significativamente o número de servidores que possuem o cartão corporativo. Em 2022, eram 5.845 cartões, enquanto em 2023 o número caiu para 2.395, representando uma queda de 59% no total.
Embora a diminuição no número de cartões seja vista como uma medida positiva para o controle dos gastos públicos, os valores das viagens internacionais de Lula têm gerado discussão. Durante uma viagem à China e aos Emirados Árabes, em abril, o presidente e sua comitiva gastaram impressionantes R$ 6,6 milhões em apenas três dias. Essa cifra inclui as despesas de mais 73 pessoas que acompanharam o presidente. Segundo o portal “Poder360”, a média de custo para cada acompanhante de Lula foi de R$ 90.000. Vale destacar que durante essa viagem, Lula firmou acordos econômicos e retomou diálogos com o governo chinês.
