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Observatório em ilha de Belém ajuda a monitorar anomalia magnética no Sul e Sudeste do Brasil

O Observatório Nacional (ON) tem desempenhado um papel fundamental no monitoramento da Anomalia Magnética do Atlântico Sul (Amas), uma região que abrange o Sul e o Sudeste do Brasil e se caracteriza por uma intensidade mais fraca do campo magnético terrestre. Este fenômeno, que vem se expandindo lentamente na direção oeste, tem despertado o interesse da comunidade científica, mas, segundo o ON, não há motivo para preocupação.

Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AMAS) é monitorada por agências espaciais mundiaisDivulgação National Oceanic and Atmospheric Administration

Para coletar dados sobre a Amas, o ON conta com dois observatórios principais: o Observatório de Tatuoca, localizado em uma ilha na Baía de Santo Antônio, em Belém, e o Observatório de Vassouras, no interior do Rio de Janeiro. Além disso, diversas estações magnéticas estão distribuídas pelo país, ampliando a rede de monitoramento.

O Observatório de Tatuoca, ativo há 63 anos, é essencial para medir fenômenos geofísicos importantes. Poucos frequentadores das praias do Distrito de Outeiro, em Belém, imaginam que a pequena ilha do outro lado da Praia do Amor abriga uma instalação tão importante para a ciência.

Ilha de Tatuoca, Distrito de Outeiro. Foto: Reprodução

Os dados coletados no Brasil são valiosos por cobrir uma área com poucos registros magnéticos disponíveis, colocando o país em uma posição privilegiada para estudos em geomagnetismo. André Wiermann, tecnologista sênior do Observatório Nacional, explicou que a movimentação da Amas é lenta e gradual, não afetando significativamente a vida das pessoas na Terra. Ele destacou que variações no campo magnético da Terra são normais e dependem da localização e da época.

LEIA MAIS: Conheça a pequena ilha de Belém onde se mede o magnetismo da terra

Observatório nacional, na ilha de Tatuoca, em Belém. Foto: Reprodução

O campo magnético da Terra funciona como um escudo contra radiações cósmicas e o vento solar. Na região da Amas, onde essa proteção é mais fraca, partículas podem entrar com mais facilidade, mas os principais impactos são nos satélites, que estão preparados para lidar com essas condições. Quando passam pela região da Amas, os satélites podem entrar em modo de espera para evitar danos, similar a desligar um eletrodoméstico durante um pico de energia.

A importância do monitoramento da Amas também é reconhecida por instituições internacionais. A NASA e a Agência Espacial Europeia (ESA) acompanham o fenômeno para entender melhor os mecanismos que produzem o campo magnético terrestre e suas mudanças. Este acompanhamento constante garante que qualquer impacto potencial seja minimizado, mantendo a segurança dos satélites e a continuidade das operações espaciais.

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