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OAB-PA repudia fala de advogado que ironizou morte de torcedor do Remo no Mangueirão

Durante a noite desta segunda-feira, 08, a Ordem dos Advogados do Pará (OAB-PA) emitiu nota repudiando a fala do advogado José da Silva Negrão, que publicou mensagens ofensivas e preconceituosas contra torcedores e ironizou a morte do torcedor do Remo, Paulo Alexandre Dias, de 30 anos, ocorrida neste domingo, 07, no estacionamento do estádio do Mangueirão, em Belém.

Leia mais: Advogado provoca indignação ao zombar da morte de torcedor remista no Mangueirão

De acordo com a OAB, a conduta do advogado não compactua com a da Ordem e afirma que “o presidente da seccional paraense, Eduardo Imbiriba, irá encaminhar uma representação contra o referido profissional junto ao Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-PA (TED), de maneira que seja instaurado um processo ético-disciplinar”.

Leia a nota completa:

A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Pará repudia totalmente as manifestações do advogado Marcos José da Silva Negrão, que proferiu mensagens ofensivas, preconceituosas e ameaças contra torcedores por meio de seu perfil em uma rede social, além de utilizar tom de deboche ao se referir à morte de Paulo Alexandre Dias (30 anos), torcedor do Clube do Remo, ocorrida no estacionamento do Estádio Mangueirão, em Belém, na noite do último domingo, 07 de abril.

A OAB-PA não coaduna com a postura deplorável do advogado inscrito nos quadros da instituição. De ofício, o presidente da seccional paraense, Eduardo Imbiriba, irá encaminhar uma representação contra o referido profissional junto ao Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-PA (TED), de maneira que seja instaurado um processo ético-disciplinar.

Neste ensejo, a OAB-PA lamenta profundamente a morte do torcedor do Clube do Remo – que ocorreu logo após o clássico Re-Pa, e presta solidariedade aos familiares da vítima. Paralelamente, nossa instituição manifesta irrestrito repúdio a qualquer violência praticada nas dependências e imediações de praças esportivas paraenses e brasileiras. Crimes dessa natureza precisam ser apurados com o rigor necessário e exemplarmente punidos pelas autoridades competentes.

A rivalidade entre Clube do Remo e Paysandu é uma das maiores da história do nosso futebol. Contudo, tal grandeza e proporção deve permanecer apenas nas quatro linhas. Não podemos mais tolerar cenas de barbárie entre torcedores. Competições esportivas representam espaços de lazer e entretenimento, não de horror.

É imprescindível que medidas urgentes e enérgicas sejam adotadas para coibir tamanha selvageria, ao passo que todos e todas possam consumir em paz um produto que se tornou símbolo da identidade cultural do nosso povo.

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