OAB aponta superlotação e colapso no PSM do Guamá, em Belém
A Comissão de Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil no Pará (OAB-PA), junto com representantes de sindicatos dos médicos e de enfermagem, realizou no dia 27 de janeiro uma vistoria no Pronto Socorro Municipal do Guamá, em Belém e constataram diversas irregularidades. A conferir:
- pacientes tendo que comprar medicamentos fora do hospital para que a equipe de enfermagem aplicasse;
- salas de acolhimento lotadas, com pacientes e acompanhantes também pelos corredores, e falta de sigilo com prontuários;
- pacientes esperando por cirurgias ou com lesões graves internados em situações precárias;
Além disso, a comissão recebeu denúncias da equipe de enfermagem de que a água usada no tratamento de hemodiálise seria inapropriada, segundo laudo do Laboratório Central do Estado do Pará (Lacen). A denúncia ainda deve ser apurada, segundo a OAB.
As irregularidades encontradas estão presentes em um relatório emitido pela OAB, que ainda deve ser enviado ao Ministério Público do Estado (MPPA) e à Secretaria Municipal de Saúde (Sesma).
A unidade de Saúde, que atende pacientes da periferia de Belém, está com atendimento comprometido desde a última terça-feira, 07, devido a falta de pagamento dos salários do médicos.
Em nota, a categoria de profissionais de saúde do PSM do Guamá informaram o atendimento está ocorrendo para os casos de urgência e emergência utilizando-se o protocolo para estabelecer a classificação de atendimento, conforme a gravidade.
A equipe médica reafirmou que os salários estão atrasados por quase 60 dias e os profissionais reforçaram que os valores são referente aos salários, e que o regime jurídico prevê o pagamento de salário até o último dia de cada mês e a CLT estabelece o pagamento até o quinto dia útil de cada mês, o que não estaria ocorrendo.



