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O famoso rosto pelas ruas de Belém

Você já viu esse rosto? Você já sonhou com este rosto? Ele está onipresente em vários pontos de Belém. Você pode encontrá-lo pelos bairros da Cidade nova, Cidade velha, Val-de-Cans, Umarizal e não só, isso porque ele está completamente espalhado por Belém e muita gente já viu e já deve ter se perguntado de quem se trata.

O rosto já gerou diversas lendas urbanas como a que trata-se de uma criança que foi morta pela Polícia; ou que a que Ítalo foi um rapaz que morreu em um acidente. 

No entanto, não é nada disso. A pintura faz parte do projeto artístico “Grafiterosto” e é um autorretrato do professor de artes, Ítalo Costa. O projeto do Rosto nasceu como pesquisa científica da faculdade, ainda em 2012. Ítalo é é pós-graduado em políticas de inclusão racial e atua há 11 anos em escolas particulares de Belém.

Em reportagem de O Liberal, o professor disse que  estava fazendo o trabalho de conclusão de curso (TCC), ele precisou mudar a temática de logotipos para grafite. O que a princípio gerou um incômodo, depois se tornou uma paixão. “Até então nunca tinha tido contato com o grafite, salvo na época da escola que eu riscava as cadeiras. No primeiro dia de aula na faculdade a coordenadora, que posteriormente virou minha orientadora, perguntou aos alunos qual tinha sido o contato que já havíamos tido com as artes. Brincando eu disse isso ‘pichar cadeiras’. Esse foi meu erro (risos)”, declarou bem-humorado.

“Na reta final da faculdade o meu TCC que seria sobre Logotipos fui ‘forçado’ a mudar para a pesquisa sobre grafite na RMB, o que naquele momento me deixou sem chão, pois eu não sabia absolutamente nada sobre o assunto. Foi aí que mergulhei de cabeça nesse pouco explorado objeto de estudo científico, em Belém”, relembrou.

Para unir a área que atuava, o marketing e a pesquisa do grafite, desenvolveu trabalhos com referências à cultura Pop e relembrou, também, que em 2004 levava ao estádio, aos jogos do Remo, uma bandeira com seu rosto. “Desenvolvi uma sequência de trabalhos utilizando meu rosto em várias aplicações, prática do movimento artístico ‘Pop Art’. O objetivo desta etapa foi explorar novas áreas, além de observar a reação do público frente a estas experiências divergentes aos habituais grafites presentes nas ruas da região metropolitana de Belém”, arguiu.

Nos muros de Belém, Ítalo começou a fazer o grafite do seu rosto em 2011 e alega que não conseguiu quantificar quantos registros, pois foram muitos. “De lá pra cá foram tantos que perdi as contas. A arte contemporânea, por ser – no caso da minha arte – uma arte efêmera, muitos já foram apagados e outros sofreram a degradação natural do tempo”, disse.

O trabalho de Ítalo Costa, além de estar nas ruas da capital paraense e RMB, também pode ser conhecida e acessada por meio do perfil no Instagram @grafiterosto.

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