A Americanas anunciou nesta manhã que encontrou “erros contábeis” em seu balanço com materialidade potencial de R$ 20 bilhões. O CEO Sergio Rial e o CFO André Covre renunciaram depois que a investigação inicial revelou o problema. Ambos estavam no cargo há apenas 9 dias quando isso aconteceu.
Um conselho de administração da Americanas nomeou Joo Guerra, um funcionário de longa data que não trabalhava na área de CFO nem se reportava ao CEO, para as funções de CEO temporário e diretor de relações com investidores. A dívida da Americanas com seus fornecedores, que pode ter sido subestimada nos últimos anos, é o principal destaque da pesquisa.
Nesse cenário, o banco paga o fornecedor em nome da empresa, que passa a dever dinheiro ao banco. A corporação acredita que o impacto no caixa das discrepâncias é insignificante. O valor preliminar de R$ 20 bilhões não será necessariamente retirado do patrimônio, apesar de a Americanas ter um patrimônio líquido de R$ 14 bilhões.
Para descobrir o verdadeiro valor do problema, é necessária uma análise mais aprofundada. Este valor pode incluir cifras que ainda podem ser ativadas. A Americanas garantiu a seus funcionários em um memorando que tinha R$ 8 bilhões em caixa e continuará pagando seus fornecedores em dia. Os balanços patrimoniais da Americanas dos últimos anos foram auditados pela PricewaterhouseCoopers (PWC).