Menos de quinze dias após a reinauguração da tradicional Rua da Ladeira e da Feira do Açaí, no centro histórico de Belém, um ato de vandalismo provocou revolta entre permissionários, moradores e frequentadores da área. Segundo informações divulgadas pelo jornalista Wesley Costa, um dos supostos responsáveis seria Patrick Santos, conhecido nas redes e no meio artístico pela alcunha “PTCK”.
A intervenção ilegal incluiu pichações em bancos, postes, placas e até no piso recém-instalado, com assinaturas de “PTCK” e “Sauros”. Além disso, houve danos físicos como rampas arrancadas, guarda-corpos metálicos danificados e placas de sinalização destruídas — comprometendo a segurança e a estética do local, que havia passado por uma obra de revitalização com investimentos superiores a R$ 60 milhões.
Patrick Santos (PTCK) já foi personagem de reportagens em veículos de comunicação, como os programas “Bom Dia Pará” e “É do Pará”, ambos da TV Liberal, afiliada da Rede Globo no estado. Nessas aparições, ele era apresentado como artista urbano e grafiteiro.
A reforma da Feira do Açaí e da Ladeira incluiu instalação de novos boxes padronizados, iluminação em LED, mobiliário orgânico, nova sinalização e acessibilidade. A expectativa era de que o espaço, símbolo da identidade cultural paraense, pudesse funcionar como polo turístico e econômico. Mas a depredação trouxe à tona um novo desafio: a preservação do patrimônio diante de ações individuais que, embora autointituladas como “resistência artística”, vêm sendo encaradas pela sociedade como crime contra o bem coletivo.
Em nota, a Prefeitura de Belém classificou o episódio como “crime de vandalismo” e afirmou que os responsáveis estão sendo identificados para que respondam judicialmente. O prefeito Igor Normando (MDB) usou as redes sociais para cobrar respeito ao patrimônio público e reforçar o compromisso da gestão com a segurança dos espaços revitalizados. “Já determinei reparos e a limpeza do local. Belém tem ordem, sim. E quem comete crime será responsabilizado”, afirmou.
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