“Não pode mais ter homem hétero, branco”, diz Thiago Fragoso sobre momento do audiovisual

O ator, que está sem contrato fixo com a Globo desde 2023, fala sobre a redução de espaço para atores brancos e heterossexuais nas novelas e o impacto das redes sociais na carreira dos artistas.

Mudança no perfil de contratações e desafios na carreira

Em entrevista publicada nesta quinta-feira (5), Thiago Fragoso refletiu sobre o atual cenário do audiovisual brasileiro e as dificuldades que tem enfrentado no mercado desde o fim de seu contrato fixo com a Globo, em 2023. Conhecido por seu papel em “Travessia” (2022) e por protagonizar o primeiro beijo entre dois homens em uma novela da Globo, em “Amor à Vida” (2014), Fragoso acredita que homens brancos e heterossexuais têm perdido espaço nas produções.

“Em cada novela ou série, eu tenho a chance de fazer um personagem. Ou sou eu, ou o Jonas Bloch, ou o Herson Capri. Entrou um, não pode mais ter homem hétero, branco”, afirmou o ator à Folha de S.Paulo, destacando o atual questionamento em torno da diversidade nas produções.

O impacto das redes sociais no mercado de trabalho

Outro ponto abordado por Thiago Fragoso foi o papel crescente das redes sociais na seleção de atores para papéis em novelas. Ele observou que, em muitos casos, a escolha dos atores tem sido influenciada pelo número de seguidores nas plataformas digitais, algo que mudou a dinâmica da indústria e exigiu dele uma maior presença online.

Fim do contrato com a Globo e novas preocupações

Após o fim do contrato com a Globo, Fragoso revelou que novas preocupações surgiram em sua vida cotidiana, como questões relacionadas ao plano de saúde e à estabilidade financeira. Atualmente, o ator está em cartaz com a peça “Dois de Nós”, onde atua ao lado de Antonio Fagundes e Christiane Torloni.