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Museu das Amazônias ultrapassa 50 mil visitantes em pouco mais de um mês em Belém

Mostras de Sebastião Salgado e de arte contemporânea amazônica impulsionam fluxo recorde durante a COP30

O Museu das Amazônias superou a marca de 50 mil visitantes pouco mais de um mês após a inauguração, consolidando-se como um dos novos espaços culturais mais procurados de Belém. Localizado no Complexo Porto Futuro II e com entrada gratuita, o museu tem atraído moradores da capital, turistas de diversos estados e visitantes estrangeiros.

Entre os visitantes está a mineira Érica dos Santos, analista comercial, que descreveu sua expectativa para conhecer o novo equipamento cultural.
“Eu estava muito ansiosa para conhecer esse grande presente para Belém que é o Museu das Amazônias”, afirmou. Para ela, o espaço oferece a conexão necessária entre o público e as múltiplas Amazônias. “Hoje esse espaço existe e está lindo.”

Desde 4 de outubro, o museu tem registrado bilheterias on-line e presenciais esgotadas, impulsionadas pelas duas mostras inaugurais: “Amazônia”, do fotógrafo Sebastião Salgado, e “Ajurí”, exposição coletiva dedicada à arte contemporânea amazônica.

Para a gerente técnica do museu, Grazielle Giacomo, o resultado comprova a demanda por iniciativas que aproximem ciência, arte e Amazônia.
“Cada visitante que passa por aqui nos ajuda a cumprir a missão do museu de promover o conhecimento, o diálogo e o pertencimento amazônico”, destacou.

A secretária de Cultura do Pará, Úrsula Vida, também celebrou a marca alcançada. Segundo ela, os números refletem uma estratégia consistente do estado voltada à valorização da história, dos saberes e do protagonismo amazônico nas artes, na ciência e em tecnologias baseadas na cultura.

Mostras que encantam o público

No térreo, a exposição “Amazônia”, de Sebastião Salgado, reúne mais de 200 fotografias produzidas ao longo de sete anos de expedições, acompanhadas de trilha sonora original composta por Jean-Michel Jarre. A mostra promove uma imersão na paisagem, nos povos e na atmosfera da floresta.

No segundo piso, a exposição “Ajurí” — termo tupi que remete ao trabalho coletivo — apresenta obras de artistas do Norte e de outras regiões do país. Instalações, vídeos, experiências sensoriais e reflexões sobre tecnologia, ciência e diversidade compõem a mostra.

O Museu das Amazônias é uma iniciativa do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG) em parceria com o Museu Paraense Emílio Goeldi, com a Vale como Parceira Estratégica. A execução conta com colaboração internacional do CAF – Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe, parceria técnica do BNDES e apoio financeiro da Finep. Empresas como Hydro, New Fortress Energy, Ipiranga, Mercado Livre e Ultracargo também integram o projeto.

Horário ampliado durante a COP30

Durante a COP30, o museu funciona todos os dias, inclusive às quartas-feiras, em horário estendido das 10h às 20h, com última entrada às 19h. O funcionamento especial segue até 21 de novembro, data de encerramento da conferência.

A iniciativa é realizada pelo Governo do Pará e pela Secretaria de Estado de Cultura, em parceria com o Ministério da Cultura, via Lei Rouanet. O projeto também conta com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Finep, BNDES, CAF, Grupo BID, Embrapa e Amazônia Sempre.

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