A Mineração Rio do Norte (MRN) anunciou nesta terça-feira (3) que obteve licença prévia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para o Projeto Novas Minas (PNM), voltado à extração de bauxita na região oeste do Pará. O projeto prevê investimentos de R$ 5 bilhões ao longo dos próximos cinco anos e permitirá a expansão das atividades da empresa até 2042.
O PNM possibilitará a exploração de bauxita em cinco novos platôs — Rebolado, Escalante, Jamari, Barone e Cruz Alta Leste — abrangendo os municípios de Oriximiná, Terra Santa e Faro. Com isso, a MRN espera manter sua produção anual de 12,5 milhões de toneladas do minério, essencial para a produção de alumínio.
Expansão da vida útil da mina
Segundo a MRN, o novo projeto estenderá a vida útil de suas operações de 2027 para 2042, garantindo a continuidade da extração em uma das maiores minas de bauxita do Brasil. O diretor-presidente da empresa, Guido Germani, celebrou a conquista da licença prévia e destacou o compromisso da MRN com a sustentabilidade e o desenvolvimento socioeconômico local.
“Este marco é resultado de um trabalho conjunto e cuidadoso, respeitando as normas ambientais e a história da nossa empresa e da região. Agora, avançaremos nas próximas etapas do licenciamento, sempre priorizando a responsabilidade ambiental”, afirmou Germani em nota oficial.
Participação acionária
A MRN conta com a participação de três grandes empresas do setor de mineração. A Glencore possui 45% das ações da companhia, seguida pela South32, com 33%, e a Rio Tinto, com 22%. Juntas, essas empresas formam uma das maiores forças no setor de bauxita do país.
Com o avanço do PNM, a expectativa é que a MRN consolide sua posição como um dos principais players na produção de bauxita, garantindo a oferta do minério para o mercado global nos próximos anos, com foco em práticas sustentáveis e responsabilidade socioambiental.