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MISTÉRIO NA MATA: Polícia encontra esculturas de entidades amazônicas em floresta densa do Pará

Estátuas de entidades do folclore amazônico foram achadas por policiais em área isolada e densa de mata. Mistério levanta debate sobre rituais, cultura ancestral e proteção da floresta.

Uma descoberta enigmática em plena floresta de Marituba, na Região Metropolitana de Belém, tem intrigado moradores e a polícia. Durante uma ronda de rotina por uma área de mata densa, policiais militares se depararam com esculturas escondidas entre galhos e folhas — representações imponentes de Curupira, o guardião da floresta, e Matinta Perera, a feiticeira das matas, duas das entidades mais conhecidas do folclore amazônico.

Cobertas parcialmente por vegetação e posicionadas como se guardassem algum segredo antigo, as estátuas estavam acompanhadas de um catitu esculpido, animal frequentemente associado à figura do Curupira. O cenário, segundo os próprios agentes, parecia “preparado para algum tipo de ritual”, o que aumentou ainda mais o mistério.

“Essas figuras não estão aqui por acaso. É possível que este espaço tenha sido usado por grupos indígenas ou pessoas ligadas a tradições espirituais da floresta”, contou um dos policiais. Ele afirmou ainda que há indícios de outros pontos sagrados pela mata, o que pode indicar uma área de rituais tradicionais ou de memória ancestral.

As entidades e seus mistérios

No coração da floresta amazônica, onde a mata é fechada e o silêncio é quebrado apenas pelo som dos pássaros e do vento, vivem os mitos que embalam o imaginário dos povos da região. Curupira, figura de cabelos flamejantes e pés virados para trás, é temido e respeitado como o guardião da natureza. Ele confunde caçadores com suas pegadas e protege os animais de quem invade seus domínios.

Matinta Perera, por sua vez, é um espírito misterioso. Pode assumir a forma de uma velha senhora com poderes mágicos ou uma mulher sedutora envolta em fumaça. Reza a lenda que, ao cair da noite, ela solta um assobio assustador, cobrando favores ou anunciando castigos. É também associada ao domínio sobre ervas medicinais, curas e encantamentos.

Juntas, essas figuras representam a alma protetora da floresta — e muitas histórias são contadas por ribeirinhos, caçadores e moradores que dizem tê-las visto em momentos de perigo ou desrespeito à mata.

Preservação e ancestralidade

Por ora, a polícia mantém a área sob observação e investiga se o local tem relação com grupos culturais, religiosos ou indígenas. A origem das esculturas e seu propósito ainda são um mistério. Mas, como em toda boa história amazônica, talvez a resposta esteja na própria floresta — que nunca revela tudo de uma só vez.

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