A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, gerou discussão e debate ao afirmar que o termo “buraco negro”, que é utilizado para descrever uma região no espaço com um campo gravitacional tão intenso que até a luz é absorvida, é “racista”. Além disso, durante sua participação no programa “Bom dia, Ministro”, da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), ela também destacou o verbo “denegrir” como outra palavra ofensiva.
Durante a entrevista, a ministra falou de sua preocupação com o uso de termos considerados ofensivos e explicou que tenta alertar as pessoas sempre que ouve tais palavras. Segundo ela, existe um esforço para promover um “letramento racial” na sociedade, visando a conscientização e a promoção de uma comunicação antirracista.
No contexto do mês da Consciência Negra, celebrado em novembro, Anielle Franco enfatizou a importância de repensar as “formas de reparação” para as vítimas de violência racial. Ela defendeu que os agressores precisam começar a “sentir no bolso” as consequências de seus atos racistas, além de pedir desculpas.
A ministra destacou que, embora as desculpas sejam importantes, ainda não são suficientes, e é necessário que as pessoas compreendam que as vítimas de racismo são seres humanos que merecem respeito. Ela também mencionou a importância da Lei 10.639, que inclui o ensino da história e cultura afro-brasileira no currículo escolar, bem como o fortalecimento das leis de cotas como parte do processo de “letramento racial”.