Ministério Público Eleitoral solicita investigação contra prefeito de Belém por fake news sobre “máfia do lixo”
Inquérito foi solicitado à Polícia Federal após denúncia de empresa de coleta de resíduos que acusa a campanha de Edmilson Rodrigues de difamar prestadoras de serviço.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) requisitou a abertura de um inquérito policial contra o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (Psol), e o presidente da coligação “A Nossa Família é o Povo”, Ronaldo Nobre dos Santos. A ação foi motivada por acusações de disseminação de informações falsas sobre uma suposta “máfia do lixo” durante a campanha eleitoral, prejudicando a reputação de empresas de coleta de resíduos na capital paraense.
A denúncia partiu da empresa Bemaven S.A., antiga prestadora de serviços de coleta de lixo em Belém, que afirma que a campanha de Rodrigues utilizou termos como “máfia” e “esquemão” para deslegitimar as empresas atuantes na cidade. As postagens teriam sido feitas nas redes sociais, incluindo Instagram, Facebook e YouTube.
Investigação e possíveis implicações eleitorais
A promotora Maria de Nazaré dos Santos Corrêa, da 1ª Zona Eleitoral, solicitou que a Polícia Federal investigue as postagens e realize uma análise técnica das provas, buscando identificar os responsáveis pela divulgação das informações. Além de Rodrigues e Nobre, a blogueira Rayana Correa também foi denunciada por suspeita de espalhar as alegações falsas.
A empresa Bemaven sustenta que não há provas de irregularidades na atuação das empresas de coleta e que a propagação das fake news impactou negativamente o processo eleitoral. A denúncia cita o artigo 325 do Código Eleitoral, que trata de difamação, e as normas da Resolução TSE nº 23.610/2019, que regulam as condutas eleitorais.
Proteção ao processo eleitoral
O MPE afirmou que o objetivo da investigação é garantir a integridade do processo eleitoral, prevenindo que a opinião pública seja manipulada por desinformação. A Bemaven destacou que a apuração da veracidade das alegações é fundamental para responsabilizar aqueles que se utilizaram de fake news com fins eleitorais.