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Ministério da Defesa repudia fala do ministro Luís Roberto Barroso sobre eleição

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou no domingo, 24, que as Forças Armadas Brasileiras “estão sendo orientadas para atacar o processo eleitoral brasileiro” e “tentar desacreditá-lo”.

Ele apontou, entretanto, que desde a redemocratização do país, “se teve uma instituição de onde não veio notícia ruim e que teve um comportamento exemplar, foram as Forças Armadas”.

Barroso deu a declaração durante participação por videoconferência em um seminário sobre o Brasil promovido pela universidade Hertie School, de Berlim, na Alemanha.

Ministério da Defesa – Em nota, na tarde de domingo, 23, o Ministério da Defesa repudiou a fala do ministro. A pasta disse que “repudia qualquer ilação ou insinuação, sem provas, de que elas [as Forças Armadas] teriam recebido suposta orientação para efetuar ações contrárias aos princípios da democracia” (veja a íntegra da nota abaixo).

“O Ministério da Defesa repudia qualquer ilação ou insinuação, sem provas, de que elas teriam recebido suposta orientação para efetuar ações contrárias aos princípios da democracia. Afirmar que as Forças Armadas foram orientadas a atacar o sistema eleitoral, ainda mais sem a apresentação de qualquer prova ou evidência de quem orientou ou como isso aconteceu, é irresponsável e constitui-se em ofensa grave a essas Instituições Nacionais Permanentes do Estado Brasileiro”, diz o documento.

Sem fraudes – O ministro Barroso não citou quem está orientando as Forças Armadas contra o processo eleitoral. O presidente Jair Bolsonaro já questionou diversas vezes a segurança das urnas eletrônicas e apontou o risco de fraude nas eleições.

De acordo com o ministro, os “ataques” ao processo eleitoral são “totalmente infundados e fraudulentos”.

“Desde 1996 não tem um episódio de fraude no Brasil. Eleições totalmente limpas, seguras e auditáveis. E agora se vai pretender usar as Forças Armadas para atacar? Gentilmente convidadas a participar do processo, estão sendo orientadas para atacar o processo e tentar desacreditá-lo?”, questionou Barroso.

No ano passado, em meio aos ataques feitos pelo presidente Jair Bolsonaro, Barroso, que na época era também o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), discutiu com o então ministro da Defesa, Braga Netto, a inclusão de um representante das Forças Armadas em uma comissão de transparência das eleições, no que não foi atendido.

Fonte: G1

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