O primeiro trimestre de 2024 apresentou o menor índice de desmatamento na Amazônia dos últimos seis anos, de acordo com os dados divulgados pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon. O relatório aponta que o desmatamento continuou em declínio, com fevereiro marcando o 11º mês consecutivo de redução.
Entre janeiro e fevereiro de 2024, a devastação atingiu 196 km², o que representa uma queda de 63% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram registrados 523 km² de desmatamento. Essa redução é um marco importante na preservação da floresta amazônica.
Um dos pontos de destaque é o estado do Pará, que historicamente liderou o desmatamento na região. No entanto, nos primeiros dois meses de 2024, o Pará registrou uma redução de 70% na derrubada, representando um avanço significativo nas políticas de preservação ambiental e no controle do desmatamento.
Apesar da boa notícia, o primeiro bimestre de 2024 ainda apresentou um desmatamento acima do registrado no mesmo período entre os anos de 2008 a 2017, com exceção apenas de 2015. Isso ressalta a importância de continuar os esforços para combater as mudanças climáticas e promover a conservação da floresta.A pesquisadora do Imazon, Larissa Amorim, destaca a necessidade de intensificar as ações de preservação, incluindo a demarcação de terras indígenas e quilombolas, bem como a criação de unidades de conservação. Essas áreas têm sido historicamente menos afetadas pelo desmatamento e desempenham um papel crucial na proteção da biodiversidade amazônica.
No ranking dos estados que mais desmataram no primeiro bimestre de 2024, Mato Grosso, Roraima e Amazonas lideram a lista. Apesar da redução no desmatamento em comparação com o mesmo período do ano anterior, esses estados ainda enfrentam desafios na preservação da floresta.