O mês de março marca a importância do período de conscientização sobre o câncer renal, conhecido como Março Vermelho. Essa campanha global destaca a relevância da prevenção e do diagnóstico precoce dessa doença que afeta milhares de pessoas em todo o mundo.
Os tumores renais foram responsáveis por cerca de 12 mil casos e cerca de 3000 mortes no Brasil no ano de 2020. Estima-se que representem 3,8% dos novos casos de câncer anualmente em todo mundo.
Tumor renal é duas a três vezes mais frequente em homens, sendo mais prevalente dos 50-70 anos de idade, com idade média de 64 anos ao diagnóstico. “O câncer renal aparece de forma silenciosa, sem nenhuma manifestação clínica, sendo diagnosticado nas fases iniciais apenas por exames de imagens rotineiros, como ultrassonografia de abdômen”, exemplifica o médico especialista em Urologia, Frederico Andrade.
A conscientização sobre o câncer renal é essencial, pois muitas vezes a doença é assintomática em seus planos iniciais. No entanto, ao longo de semanas e meses, podem surgir sintomas como presença de sangue na urina, dores nas costas, perda de peso inexplicável e fadiga. Ao aparecimento o de algum destes sintomas, deve procurar o urologista para avaliação pertinente.
Dr. Frederico afirma que as causas do câncer de rim ainda não são totalmente conhecidas, mas estudos apontam que o hábito de fumar é um importante fator de risco. Ainda de acordo com ele, outros fatores que podem desencadear seu início são o contato com materiais utilizados em indústrias, como o cádmio, asbestos, chumbo e hidrocarbonetos aromáticos; Hemodiálise; Obesidade; Histórico familiar; Hipertensão; Doença de Von Hippel-Lindau, que é genética e rara, caracterizada pela formação de tumores com muita vascularização em várias partes diferentes do corpo.
A adoção de hábitos de vida saudáveis, como uma dieta equilibrada, prática regular de exercícios e a abstenção do tabagismo, contribuem para melhor qualidade de vida e evitam fatores que podem contribuir para seu surgimento.
Além da ênfase na prevenção, destaca-se a importância do diagnóstico precoce da doença. Exames de rotina, como análises de sangue e urina, aliados aos exames de imagem, como ultrassonografia e tomografia computadorizada, desempenham um papel crucial na identificação precoce de possíveis anormalidades nos rins.
“Quanto mais precoce e menor as lesões renais identificadas melhor o prognóstico. Afinal os melhores resultados são daqueles com menores lesões e submetidos a tratamento cirúrgico minimamente invasivo com rápida recuperação e cura”, ressalta o especialista.
