Na manhã desta quinta-feira (12), Dia das Crianças, diversas pessoas se reuniram em Belém para participar da “Marcha da Família. Não ao aborto e sim à vida. Não existe criança trans.” A concentração teve início por volta das 8h, próxima à Escadinha do Cais do Porto, e os apoiadores saíram em caminhada até a praça Batista Campos a partir das 10h. A mobilização contou com a presença de membros da sociedade civil, representantes religiosos e políticos.
O evento, que também ocorre em outras cidades do Brasil, é uma resposta à inclusão na pauta de julgamentos do Supremo Tribunal Federal (STF) da ADPF 442 [Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental], ação movida pelo Partido Socialismo e Liberdade (Psol) que busca a descriminalização do aborto até a décima segunda semana de gestação.
O deputado federal Delegado Éder Mauro (PL), presidente estadual da sigla e um dos organizadores do evento, afirmou que a manifestação é a favor da vida e da família. Ele criticou a atuação do STF, enfatizando que a legislação deve ser definida pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.
Além da oposição ao aborto, a mobilização também expressou posição contrária às chamadas “crianças trans”. Os participantes acreditam que as crianças devem manter a inocência e a fantasia, e que não devem ser rotuladas como trans.
Os participantes da marcha defendem que o aborto não deve ser permitido em nenhuma circunstância, inclusive em casos de violência sexual. Eles argumentaram que a vida deve ser preservada e reforçaram a importância de proteger as crianças desde a concepção.
A marcha foi apoiada por diversos membros da comunidade, incluindo donas de casa, pastores e outras figuras religiosas, que acreditam que existem alternativas para lidar com gestações indesejadas, como a adoção.
A manifestação foi vista como um dever em prol da vida, em defesa das crianças desde o útero materno, e como uma luta por valores considerados essenciais para a família e a sociedade.