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Mães de atletas de ginástica rítmica de Belém reivindicam a participação das meninas nos Jogos da Juventude

Um grupo de mães de ginastas que treinam diariamente a modalidade Ginastica Rítmica pedem ajuda pelos direitos das filhas para competir de forma legal e com dignidade nos Jogos da Juventude, que são organizados pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc), por meio do Núcleo de Esporte e Lazer (NEL).

Elas dizem que, em todos os anos, as seletivas são feitas por meio dos Jogos Estudantis do Pará (JEP’s), que, por meio dos resultados da categoria, citados no regulamento da competição, as primeiras ginastas classificadas na competição ganham vaga para participarem dos Jogos da Juventude que realizados pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Como em todas as modalidades esportivas, o treinador da maior quantidade de atletas selecionados ganha o direito de acompanhar como técnico a equipe, isto é o que se faz em todos os estados, entretanto, nos últimos anos, esse critério não tem sido levado em consideração: o treinador não tem o direito de levar seus atletas, ficando o NEL com o direito de indicar outros professores que não têm nenhum contato ou trabalho técnico na modalidade de Ginastica Rítmica, com as ginastas classificadas.

Quando procurados para explicação, a resposta dada é que eles escolhem quem eles querem. Isso é fácil de ser comprovado, face os resultados dos atletas e do técnico que acompanha a ginasta.

Sem seletiva – Este ano, a situação foi ainda pior: não houve seletiva; indicaram um professor que fez a escolha aleatória para preenchimento da vaga dos referidos jogos, sem nenhum respeito aos atletas que buscam no esporte disciplina e sonhos olímpicos.  

As mães das atletas procuraram os direitos, junto aos responsáveis, para reivindicar as vagas das filhas. Como resposta, elas foram informadas que eles usariam o resultado do último campeonato paraense ocorrido no dia 25 de junho, sendo que os resultados apontaram as ginastas Marcelly Lobo, Isabelly Santos e Sara Figueredo, mas essas atletas classificadas na categoria, no regulamento dos jogos, não condizem com os nomes indicados pelo NEL.

A terceira ginasta foi trocada por outra participante do torneio, o que causou indignação e revolta. Não está sendo aceita a convocação da equipe e muito menos a do treinador, que resolveu levar a segunda ginasta do torneio Jogos da Juventude (competição de categoria de base).

“Esse fato implica em uma situação muito difícil por se tratar de um órgão do Estado que lida com a educação pública. As alunas são de escolas públicas que tiveram seus direitos vetados”, dizem as mães.

As responsáveis pelas atletas não foram ouvidas. Telefonemas e e-mails foram enviados por um professor escolhido e que não foram respondidos. Elas dizem que perceberam que o NEL se eximiu de sua responsabilidade quando, na verdade, o remetente deveria ser o órgão responsável e não pessoa física. 

As mães esperam uma resposta urgente, pois o término da inscrição se aproxima. As ginastas são menores de idade e os pais reivindicam os direitos das atletas.

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