O presidente da França, Emmanuel Macron, chega ao Brasil na terça-feira (26) para uma visita de 3 dias, marcada por honrarias de chefe de Estado. Durante sua estadia, ele visitará diversas cidades brasileiras, incluindo Belém, onde terá um encontro na Ilha do Combu e acompanhará o lançamento de um submarino.
Em meio à suspensão das negociações entre o Mercosul e a União Europeia, Macron visita a floresta amazônica em companhia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O objetivo é oferecer ao presidente francês uma visão abrangente da realidade amazônica, incluindo a biodiversidade e a população local que depende da região para sua subsistência.
Durante sua estadia no Pará, Macron e Lula visitarão a produção de cacau e chocolate na Ilha do Combu, liderada por empreendedores locais como Dona Nena. A marca “Filha do Combu”, que faturou R$ 800 mil em 2022, será apresentada como um exemplo de atividade sustentável na Amazônia, proporcionando renda digna às comunidades locais.
Além disso, está prevista uma caminhada pela floresta, onde Macron terá a oportunidade de compreender a dimensão e a biodiversidade da Amazônia, além de um encontro com líderes indígenas. O dia se encerrará com um lanche oferecido a Macron, destacando as comidas típicas amazônicas.
No dia seguinte, Macron e Lula seguirão para o Rio de Janeiro, onde participarão do lançamento do submarino Tonelero. A primeira-dama, Janja Lula da Silva, será a madrinha do submarino, seguindo a tradição naval de quebrar uma garrafa de espumante no casco. Este submarino é parte do Programa de Desenvolvimento de Submarinos brasileiro, uma parceria entre o Brasil e a França.
A visita de Macron também incluirá São Paulo, onde participará do Fórum Econômico Brasil-França, na Fiesp, e inaugurará o Instituto Pasteur na USP. A agenda na capital paulista também prevê encontros com personalidades brasileiras reconhecidas mundialmente e uma caminhada pela Avenida Paulista.
A visita será encerrada em Brasília, onde Macron se reunirá com Lula para discussões bilaterais sobre temas políticos e econômicos, incluindo o comando brasileiro do G20 e a reforma das instituições multilaterais. Embora as negociações do acordo Mercosul-UE estejam suspensas, os líderes devem assinar diversos memorandos de entendimento e realizar uma declaração à imprensa, seguida por um almoço no Palácio Itamaraty.