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Lula visita quilombo Itacoã-Miri e defende fortalecimento de políticas públicas para comunidades tradicionais no Pará

Presidente acompanhou o manejo do açaí e conheceu tecnologia usada por extrativistas para colher o fruto com mais segurança e eficiência

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou, nesta segunda-feira (3), o quilombo Itacoã-Miri, localizado a cerca de 120 quilômetros de Belém, no Pará. A agenda fez parte das ações do governo federal na Amazônia antes da realização da COP30, que ocorrerá entre 10 e 21 de novembro na capital paraense.

Durante a visita, Lula acompanhou o processo de manejo do açaí e conversou com os moradores sobre a importância de fortalecer políticas públicas voltadas a comunidades tradicionais. O presidente também conheceu um robô desenvolvido para auxiliar na colheita do fruto, utilizado por extrativistas como alternativa para reduzir acidentes e ampliar a produção.

Em discurso, Lula destacou que ações voltadas à preservação da floresta precisam estar associadas à geração de renda e à assistência técnica. Segundo ele, garantir meios de subsistência às populações da floresta é essencial para a conservação ambiental.

Após o encontro no quilombo, o presidente visitou o assentamento agroextrativista da Ilha Grande, também no Pará, onde o equipamento tecnológico de colheita foi apresentado em funcionamento. A iniciativa é apontada como um exemplo de integração entre desenvolvimento e sustentabilidade.

A visita contou com a presença da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira. Ambos ressaltaram o compromisso do governo em ampliar o acesso ao crédito rural e à mecanização produtiva para quilombolas e agricultores familiares.

O quilombo Itacoã-Miri foi um dos primeiros a receber titulação no Pará, em 2003, e foi reconhecido oficialmente pela Fundação Palmares em 2014. Atualmente, abriga 96 famílias e mantém projetos voltados à educação, cultura e bioeconomia, como o Flores do Quilombo, que produz biojoias com materiais da floresta, e o Refloresta, voltado a sistemas agroflorestais com espécies nativas. A comunidade também possui escola, posto de saúde e centro cultural abastecido por energia solar.

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