
Mesmo com o apaziguador Geraldo Alckmin, vice-presidente, à frente da equipe de transição pelo lado dos vitoriosos, há muito receio quanto à transparência a ser implementada pelos derrotados, bolsonaristas.
Alckmin – com Gleisi Hoffmann e Aloizio Mercadante – se reúne na tarde desta quinta-feira, 3, com o ministro Ciro Nogueira – chefe da Casa Civil do governo Bolsonaro – no Palácio do Planalto, em Brasília (DF).
Preocupa do lado petista o volume de informações a serem repassadas pelo atual governo e, em especial, as que afetam diretamente as principais promessas de Lula na campanha.
A turma de transição quer todos os dados na sua plenitude, em especial da área econômica. Algumas das principais promessas de Lula estão relacionadas com a economia: a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600; o aumento real do salário mínimo e a isenção de imposto de renda para quem recebe até R$ 5 mil. São três medidas que vão exigir aperto e, por isso, as informações repassadas têm que ser as mais precisas.
Outra preocupação do governo é com o real tamanho do gasto da Caixa com o consignado do Auxílio Brasil. Com a proximidade do segundo turno, o governo liberou esse empréstimo de forma até descontrolada.
Os petistas temem que a interlocução com o comando da Caixa não seja o mais transparente.
A equipe de transição é formada também por técnicos. A expectativa do lado do PT, que conhece bem a máquina, é que do lado do governo sejam escolhidos nomes que não travem esse diálogo.
Fonte: Blog do Noblat (site Metrópoles)