Nesta terça-feira (25), o presidente Lula (PT) anunciou sua intenção de encerrar todas as atividades dos clubes de tiro no território nacional, exceto aqueles pertencentes às polícias Militar e Civil, bem como ao Exército.
Em uma transmissão ao vivo nas redes sociais, o mandatário enfatizou que sua proposta não busca promover uma revolução, mas tem como objetivo reavaliar a necessidade do armamento em larga escala. Lula também criticou as ações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em relação à liberação de armas, sugerindo que tais medidas foram tomadas como uma forma de agradar o crime organizado.
De acordo com Lula, a disponibilidade de clubes de tiro para a sociedade brasileira em geral não é algo considerado necessário. Ele expressou sua opinião de que esses espaços deveriam ser destinados principalmente ao treinamento das forças de segurança, como a Polícia Militar, o Exército e a Polícia Civil.
O presidente ressaltou a importância de fortalecer a democracia no país e mencionou que seu governo enfrentou tentativas de golpe que não tiveram êxito. Nesse contexto, ele destacou a necessidade de garantir a segurança da nação sem promover uma polarização excessiva.
Durante sua transmissão, Lula questionou o motivo pelo qual cidadãos comuns precisariam portar pistolas de calibre 9 milímetros. Ele levantou a possibilidade de que tais armas estejam sendo utilizadas para fins como colecionar ou mesmo praticar tiro recreativo. No entanto, o presidente enfatizou a preocupação de que a liberação indiscriminada de armas pode favorecer o crime organizado, uma vez que são pessoas com recursos financeiros que têm acesso facilitado à compra, enquanto os trabalhadores mais pobres enfrentam dificuldades até mesmo para adquirir alimentos básicos.