
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou nesta quarta-feira (17) a saída de Celso Sabino do comando do Ministério do Turismo. O anúncio foi feito após reunião ministerial e ocorre depois de o União Brasil, partido que havia indicado Sabino ao cargo, solicitar formalmente a devolução da pasta ao governo federal.
A decisão acontece após Sabino ser expulso do União Brasil no fim do mês passado. A cúpula da legenda entendeu que o então ministro descumpriu uma orientação partidária ao permanecer no governo mesmo diante da pressão interna pela entrega do ministério. Com a ruptura formalizada, o partido negociou com o Palácio do Planalto a indicação de um novo nome.
Para o lugar de Sabino, o União Brasil indicou Gustavo Damião, filho do deputado federal Damião Feliciano (PB). A escolha foi confirmada pelo senador Efraim Filho, líder do partido no Senado, e contou com o aval do presidente nacional da sigla, Antônio de Rueda, além de alinhamento com a ala governista do partido.
Gustavo Damião atua como um dos coordenadores das bancadas evangélica e negra na Câmara dos Deputados. A indicação é interpretada nos bastidores como mais um movimento do presidente Lula para ampliar o diálogo com o eleitorado evangélico e reorganizar a relação política com o União Brasil.
Saída pela porta da frente e foco em 2026
Apesar do desligamento, Celso Sabino deixa o governo de forma institucional e sem desgaste com o presidente. A avaliação no Planalto é de que o ex-ministro cumpriu seu papel à frente da pasta e manteve relação de lealdade com o governo até o fim.
Destaque: Celso Sabino sai do Ministério do Turismo pela porta da frente e desponta como forte nome na disputa por uma vaga ao Senado nas eleições de 2026.
A saída foi comunicada após o encerramento da reunião ministerial realizada na Granja do Torto. Fora do governo, Sabino deve concentrar esforços na construção de sua candidatura ao Senado, onde já aparece em levantamentos eleitorais como um dos nomes em ascensão no Pará.



