O pastor Sales Batista de Souza, uma das principais lideranças da Assembleia de Deus no estado do Pará, deixou a presidência da Assembleia de Deus Missão em Marabá. A decisão foi oficializada nesta sexta-feira (26), por meio de nota pública divulgada pela diretoria da instituição.
De acordo com o comunicado, Sales Batista “não responde mais pela presidência” da igreja, que já se encontra em processo de transição para a escolha de um novo dirigente, conforme previsto no estatuto social. A mudança está sendo acompanhada pela Convenção de Ministros das Assembleias de Deus no Estado do Pará (COMIEADEPA).
A nota oficial não apresenta os motivos do afastamento e limita-se a informar aspectos administrativos da sucessão, além de convocar a membresia para um período de “oração e jejum” durante o processo de transição.
Crise interna e repercussão
O afastamento ocorre após uma semana de intensas especulações nos bastidores da igreja e em grupos internos de obreiros, envolvendo uma crise no núcleo familiar do pastor. As informações circularam inicialmente de forma restrita, mas ganharam dimensão pública após a desativação dos perfis do líder religioso nas redes sociais, onde ele costumava manter presença ativa.
Fontes ligadas à instituição relataram à reportagem que a crise teria origem em um suposto relacionamento extraconjugal envolvendo o pastor e sua nora, Luciana Salles, esposa de seu filho, Kennedy Salles. Segundo essas informações, a situação teria sido descoberta pela missionária Raquel Viegas, esposa de Sales Batista, após a contratação de um detetive particular. Ainda conforme os relatos, o filho do pastor teria deixado o país em meio ao conflito familiar. As informações são do Ponto de Pauta.
Até o momento, nenhuma dessas informações foi confirmada oficialmente pela igreja ou pelos envolvidos.
Trajetória e influência
Sales Batista assumiu a presidência da centenária Assembleia de Deus Missão em Marabá em 2003. Ao longo dos anos, consolidou-se como uma das principais lideranças da denominação no Pará, exercendo forte influência em decisões administrativas e institucionais.
Além da presidência local, ele ocupava o cargo de primeiro vice-presidente da COMIEADEPA, integrando a diretoria estadual liderada pelo pastor Océlio Nauar. Sua atuação também era marcada pela proximidade com lideranças políticas e religiosas da região sudeste do estado.
Processo de transição
No comunicado oficial, a diretoria da AD Missão em Marabá afirmou que a escolha do novo presidente seguirá os trâmites previstos no estatuto social da igreja, com acompanhamento da convenção estadual. Não há, até o momento, previsão para a conclusão do processo nem anúncio de nomes para a sucessão.
A igreja informou que novas orientações poderão ser divulgadas à membresia ao longo do período de transição.
