Lacombe se derrete pela cultura do Pará
O jornalista Luís Ernesto Lacombe escreveu um artigo chamado “Farinha d´água” em que fala sobre a culinária paraense, suas experiências com produtos locais, além de eventos que cobriu no Pará como GP Internacional de Atletismo e o super clássico das Américas.
“Passaram-se trinta anos até que alguém despejasse de novo no meu prato aquela farinha mágica paraense… Eu era apresentador do Esporte Espetacular e estava em Belém para cobrir o GP Internacional de Atletismo, no Mangueirão. Era minha primeira vez na região Amazônica. Na chegada, pela janela do avião, num sobrevoo quase infinito, aquela floresta toda já tinha me chacoalhado estranhamente. A descoberta de um mundo gigante, de como somos pequenos…”, escreveu admirado.
Com larga experiência no jornalismo esportivo, Lacombe não poderia deixar de falar sobre a rivalidade de Remo e Paysandu, assim como do famoso jogo entre Brasil e Argentina no Mangueirão onde a torcida cantou à capela o hino nacional.
“E voltei para cobrir o jogo da seleção brasileira contra a Argentina, o Superclássico das Américas. De novo, estádio lotado, e hino brasileiro cantado à capela, levando ao choro um jornalista veterano como eu e o jovem craque Neymar”, escreveu.
O jornalista também lembrou da potência cultural que é o estado do Pará e contou algumas curiosidades de bastidores:”Na minha última visita a Belém, recebi dois pedidos de amigos do Rio. Um queria bombons de cupuaçu. O outro, o saudoso DJ Simpson, que fazia sucesso em festas cariocas, queria que eu garimpasse CDs de cantores e grupos musicais do Pará. Consegui com produtores locais um pen drive com cerca de 400 músicas: carimbó, tecnobrega, guitarrada, calypso, cúmbia, merengue… Só um pouquinho da força cultural paraense, que é imensa, que é amazônica”, diz.
“Precisamos muito do entusiasmo, da alegria, da criatividade, da fé e da esperança das pessoas desse Estado gigante. E, Dona Juju, por favor, não esqueça: muita farinha d’água!”, finalizou.



