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Justiça solta médico com registro cassado preso em clínica clandestina de aborto em Belém

Arlindo Pedrosa responderá em liberdade por exercício ilegal da medicina e tentativa de aborto; decisão impõe monitoramento eletrônico e restrições.

A Justiça do Pará determinou a soltura de Arlindo de Aquino Pedrosa, médico com registro cassado há 10 anos, preso na última terça-feira (18) durante uma operação em uma clínica clandestina de aborto no bairro da Marambaia, em Belém. Ele responderá em liberdade pelos crimes de exercício ilegal da medicina e tentativa de aborto provocado por terceiro.

A decisão foi expedida no mesmo dia da prisão pelo juiz Procion Barreto da Rocha Klautau Filho, que estabeleceu medidas cautelares, incluindo recolhimento domiciliar noturno das 20h às 6h, monitoramento eletrônico, comparecimento mensal à Justiça e comunicação de qualquer mudança de endereço.

Pedrosa teve seu registro cassado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) em 2015, decisão posteriormente confirmada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), impedindo-o de exercer a profissão.

Operação “Nascituro”

A prisão ocorreu durante a Operação “Nascituro”, que cumpriu um mandado de busca e apreensão na Clínica Pró-Matre. No local, a polícia encontrou três mulheres à espera de atendimento e apreendeu materiais que indicam a prática ilegal de aborto. Além disso, foram descobertas fotos e vídeos com pornografia infantojuvenil, o que levou as autoridades a investigarem se o suspeito também divulgava imagens das mulheres que procuravam seus serviços clandestinos.

A defesa do médico ainda não se manifestou sobre o caso. As investigações seguem em andamento para esclarecer a extensão dos crimes cometidos na clínica.

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