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Justiça do Pará aceita denúncia contra médico por tentativa de feminicídio

MPPA aponta que o acusado tentou matar a ex-namorada ao arrastá-la com um carro; pedido de prisão preventiva foi atendido pela 1ª Vara de Violência Doméstica.

O Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) aceitou, nesta terça-feira (25), a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado (MPPA) contra o médico Felipe Almeida Nunes, investigado por tentativa de feminicídio ocorrida em outubro, em Belém.

Segundo o MPPA, o acusado teria agredido a ex-namorada e a arrastado com um veículo por aproximadamente 250 metros. A vítima sofreu fraturas dentárias, queimaduras e escoriações. Um vídeo registrou parte da discussão pouco antes do arrastamento.

O médico foi preso em flagrante na data do crime e permanece custodiado em uma unidade prisional de Marituba, na Região Metropolitana de Belém. A 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher determinou a prisão preventiva nesta terça (25).

O MPPA afirma que os autos apontam indícios suficientes de autoria e materialidade. Um documento de 40 páginas reúne relatos de ofensas verbais, agressões físicas e outras ações atribuídas ao acusado. Ainda segundo o órgão, o médico teria utilizado fezes para sujar a vítima durante as agressões.

O Ministério Público enquadrou o caso como tentativa qualificada de feminicídio, além de injúria e agressões diversas. Também foi solicitado o pagamento de indenização mínima de R$ 60 mil por danos morais e materiais, além de nova busca e apreensão para coletar possíveis novas provas.

A defesa de Nunes informou que ainda irá se manifestar. Já a defesa da vítima aponta que a discussão começou quando ela tentou impedir que o médico dirigisse sob efeito de bebida alcoólica. Ela teria encerrado o relacionamento durante a briga, o que não foi aceito pelo acusado.

O Conselho Regional de Medicina do Pará (CRM-PA) informou que o médico é formado pela Universidade Federal do Pará (UFPA) desde 2020 e atuava na área de Medicina de Família e Comunidade. Antes deste caso, ele já respondia a um processo por violência doméstica e havia sido condenado em primeira instância por divulgação de conteúdo íntimo sem autorização.

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