Andressa de Souza, de 20 anos, morreu após ficar um mês internada por conta de um piercing inflamado, segundo a mãe da vítima. A jovem deixa um filho de 3 anos: “é uma sementinha dela”, disse a avó materna, Maria Aparecida da Silva, de 47 anos.
Maria Aparecida relatou que do tempo em que a filha ficou internada, 24 dias foram em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). A causa da morte de Andressa, segundo a mãe e o hospital, foi uma infecção cerebral, em um hospital da cidade de Dourados, em Mato Grosso do Sul.
“Há poucos dias dela ter sido internada, a minha filha tinha colocado um piercing na boca. Infeccionou e inchou, ela não conseguia tirar. Depois de vários exames, o médico constatou que foi o piercing que provocou toda a complicação. A infecção se alastrou rápido, tomou conta de 37% do cérebro da minha filha”, relata Maria Aparecida.
De acordo com a mãe de Andressa, a jovem pagou R$ 60,00 para colocar o piercing na boca. “Minha filha não disse o local que foi colocar, não sei se era algo profissional”.
Dengue – No início dos sintomas, a família da jovem acreditavam que Andressa estava com dengue. “No começo, a gente achou que era dengue. Várias pessoas pegaram dengue lá em casa. Minha filha estava com dor de cabeça e febre. O médico medicou a Andressa e ela veio embora”, detalhou a mãe.
Maria Aparecida disse que após a filha ter voltado para casa, o quadro piorou. Após uma videochamada com a mãe, Andressa voltou para o hospital. “Fizeram o pedido do exame de dengue, mas deu negativo”.
A mãe da jovem alega que outros exames também foram feitos. Somente depois de uma ressonância, os médicos identificaram que a jovem tinha algum problema de saúde na região da cabeça. “Acreditavam que era um tumor, mas depois viram que era a infecção”.
Após o exame de imagem, o médico disse para Maria Aparecida que o quadro da filha já estava avançado. “O médico disse para se despedir dela pq para frente não sabia o que ia acontecer. O que os médicos puderam fazer, foi feito”.
Filho pequeno – Andressa foi sepultada em Itaporã (MS), cidade vizinha a Dourados. “A gente está com a dor, não tinha muito o que fazer. Infelizmente ela não vai voltar, foi chorar e enterrar um pedacinho da gente”.
Entre os parentes de Andressa, a dor e o luto são permanentes. O susto foi grande para os familiares. “O meu neto já morava com o pai, vai continuar com ele”, finaliza Maria Aparecida.
Fonte: G1 Mato Grosso do Sul