Uma discussão em um bar envolvendo integrantes do SINJOR ( sindicato dos Jornalistas do Pará) e simpatizantes do presidente Bolsonaro, após manifestação pró-impeachment, tomou grandes proporções ao ponto de virar matéria na imprensa local e ganhar uma nota do próprio sindicato, repudiando o ato.
A história foi descrita inicialmente pela jornalista Simone Romero, em sua conta no Twitter. Segundo suas postagens, o jornalista, alinhado ao PT e a esquerda, Carlos Boução, concursado da Assembleia Legislativa do Estado, teria sido agredido por um bolsonarista, com cadeiradas na cabeça, após uma discussão em um bar.
Segundo esta versão, na tarde de ontem, 30, após as manifestações contra o presidente Bolsonaro, alguns jornalistas se dirigiram ao Bar do Mineiro, localizado na esquina da travessa Curuzu com a Rômulo Maiorana, e lá encontraram um grupo de bolsonaristas.
Após algumas provocações e discussões, um homem- supostamente um oficial da PM- teria partido para agredir a jornalista Erica Morhy e a diretora do Sindicato dos Jornalistas do Pará, Carol Pombo. Foi ai, então, que o jornalista Carlos Boução tentou intervir, levando uma cadeirada do agressor.
Segundo informações, os agressores ainda teriam recebido o apoio do dono do bar e se evadido do local após a briga. Pela internet ensaiou-se uma tentativa de “cancelamento” do estabelecimento.
Em nota o SINJOR se manifestou repudiando o ato.
Nota de Solidariedade
O Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) prestam solidariedade ao jornalista paraense José Carlos Boução, servidor concursado da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), que foi agredido covardemente com uma cadeira na cabeça ao defender a jornalista Erika Morhy na tarde deste sábado, dia 29, no bar do Mineiro, em Belém do Pará, após manifestação contra o presidente da República, Jair Bolsonaro. A diretora do Sinjor Carol Pombo foi empurrada na ocasião, ao tentar registrar o fato.As agressões aos jornalistas ocorreram após discussão com apoiadores de Bolsonaro. O agressor de Boução, que ainda não foi identificado, se apresentou como oficial da Polícia Militar (PM) e evadiu do local, sem que o proprietário do bar impedisse a fuga e apoiasse os jornalistas. O Sinjor-PA e a Fenaj repudiam juntos qualquer tipo de intolerância política. O Sindicato acompanha o caso com sua equipe jurídica e buscará junto aos órgãos de segurança e de justiça a identificação e responsabilização dos agressores.
Fascistas não passarão!
Fora Bolsonaro genocida!
Sinjor-PA Fenaj
Alguns políticos de esquerda também se manifestaram sobre o acontecimento.
Por enquanto não se identificou o agressor, tampouco se conhece sua versão da história. De qualquer maneira, este portal deixa claro que repudia qualquer tipo de violência e provocações, sejam elas de que espectro político partirem, e repudia, sobremaneira, a tal cultura do cancelamento.
