Advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef afirmou, nesta quarta-feira, 20, em entrevista à CNN, que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) “foi vítima de um ministro que pulou a cerca para avançar dentro do poder Executivo e de atos de prerrogativa do poder Executivo”. A fala foi em referência ao ex-ministro da Justiça, Sergio Moro.
O advogado afirma que a nomeação do diretor-geral da Polícia Federal (PF) é uma função exclusiva do presidente e não ser necessário nenhuma justificativa para se realizar mudanças no comando da corporação. Dessa forma, ele culpou Moro por querer manter o ex-diretor-geral Maurício Valeixo, enquanto Bolsolnaro queria substituí-lo.
Sobre o vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril, que está sendo analisado em sigilo pelo inquérito que investiga suposta tentativa de interferências de Bolsonaro na PF, o advogado disse que é fantasia acreditar que houve ato irregular ou ilícito do presidente.
“Eu convido todo mundo a um raciocínio simples: alguém em uma reunião ministerial, na presença de 30 ministros [são 22 ministros no governo Bolsonaro], alguém pode acreditar que o presidente vai comentar ou praticar um ato irregular ou ilícito, ou coagir um ministro ou querer fazer uma interferência? Isso beira uma fantasia”, disse Wassef.
Ele também negou o possível vazamento de uma operação da PF para o filho do presidente e senador Flávio Bolsonaro. “Jamais o senador Flávio teve qualquer informação privilegiada de qualquer informação em curso. Estamos tendo de novo o meu cliente vítima de fake news e de situações inexistentes”.
“Não passa de uma campanha contra o senador e o presidente”, alegou o advogado da família Bolsonaro.
Fonte: Último Segundo